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12 janeiro 2025

Tokyo Gore Police

A policia mais legal do mundo!


Quando você acha que o cinema já explorou tudo o que é possível em termos de violência estilizada, esquisitice visual e puro caos criativo, o Japão aparece e diz: "Segura minha katana ensanguentada". Dirigido por Yoshihiro Nishimura, este filme é um espetáculo grotesco que faz a franquia "Jogos Mortais" parecer uma aula de artesanato para idosos, mas de um jeito infinitamente mais divertido! 

Em TOKYO GORE POLICE, estamos em um futuro distópico onde a polícia foi privatizada. Isso mesmo, você pode imaginar algo como uma "Amazon Prime" de justiça, mas com mais sangue e menos entregas no prazo. Nesta sociedade, os "Engenheiros" são os vilões da vez. Eles são humanos modificados geneticamente que possuem uma habilidade única: transformar ferimentos em armas bizarras. Um corte no braço? Pronto, virou um lança-mísseis. Um tiro no peito? Agora você tem um canhão embutido. Um conceito maravilhoso para os fãs de ficção científica, e aterrorizante para quem só queria uma consulta médica.  Fico imaginando como não seria o McGyver sendo um "Engenheiro".


Nossa protagonista, Ruka (Eihi Shiina), é uma policial especialista em caçar esses "Engenheiros". Com uma história de vida tão trágica quanto um domingo chuvoso, sem pizza e sem futebol, Ruka é um misto de melancolia e fúria letal. Seu pai foi assassinado na frente dela quando era criança e desde então ela vive com um objetivo: vingança. Armada com uma katana e um olhar vazio que poderia derreter qualquer coração (ou decapitar, dependendo da ocasião), ela é a última pessoa que você quer encontrar em um beco escuro.

Agora, vamos falar do que realmente importa: o visual. Se você acha que viu tudo em termos de gore e bizarrices, TOKYO GORE POLICE está aqui para redefinir seus limites. O filme é uma verdadeira orgia de sangue, membros decepados e criações grotescas que vão desde o perturbador até o hilário.

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Alguns destaques que não posso deixar passar:
* Um homem cujo pênis foi transformado em uma arma de fogo (sim, um "pênis-canhão").  

* Uma mulher com braços amputados que foram substituídos por lâminas gigantes. Pense numa versão punk hardcore de Edward Mãos de Tesoura.  

* Um Engenheiro que se transforma em uma criatura que parece uma fusão de um humano com um crocodilo e isso foi legal pra caralho!

* E claro, uma mulher usada como um tipo de cadeira viva, porque este filme nunca perde a chance de ser perturbador.  


O sangue é praticamente um personagem à parte. Ele não só jorra, ele "explode", "voa", e cria "fontes". Cada golpe é seguido por litros de um vermelho tão brilhante que parece tinta guache, mas a intensidade é tamanha que você até esquece que ninguém tem essa quantidade de sangue no corpo. Achava que A História de Ricky tinha bastante sangue falso? Pois é, assistam TOKYO GORE POLICE!!! 

Por trás de toda a carnificina e do caos, há uma camada inesperada de crítica social. A privatização da polícia é um claro comentário sobre a mercantilização da justiça e o poder descontrolado de corporações. O filme também explora temas como violência, desumanização e como a sociedade lida com trauma e abuso de poder. Claro, tudo isso é contado com diálogos que parecem saídos de um comercial de TV bizarro que só japonês sabe fazer e uma sátira que não tem medo de exagerar.  


A trilha sonora é tão frenética quanto as cenas de ação. É um mix de sons industriais, batidas eletrônicas e aquele som constante de algo sendo mutilado. Não é o tipo de música que você colocaria em um jantar romântico, mas funciona perfeitamente para o cenário caótico do filme. Um ponto extremamente positivo para o compositor Kou Nakagawa, que já trabalhou em diversos filmes, entre eles Mutant Girls Squad e "The Machine Girl". 


No papel principal Eihi Shiina faz um belo trabalho, que além de atriz é modelo. Ficou conhecida por seu trabalho em filmes de terror e suspense, ganhando destaque internacional por sua atuação no filme "Audition" de 1999, dirigido pelo maluco Takashi Miike. Nesse filme, ela interpreta Asami Yamazaki, uma personagem perturbadora que marcou a história do cinema de terror psicológico. Detalhe, foi sua segunda atuação. 


Nascida em 1976, na cidade de Fukuoka, Japão, Eihi Shiina começou sua carreira como modelo antes de entrar para o mundo do cinema. Seu visual marcante e sua presença enigmática contribuíram para que ela fosse escolhida para papéis intensos e memoráveis. Embora sua filmografia não seja extensa, é considerada uma atriz cult no gênero de terror, admirada por fãs de cinema ao redor do mundo. Sua atuação impactante e sua capacidade de transmitir emoções complexas com poucas palavras fizeram dela uma figura única na indústria cinematográfica.

E falando um pouco do diretor, Yoshihiro Nishimura também é, maquiador de efeitos especiais e roteirista japonês, amplamente reconhecido por seu trabalho no gênero de terror, especialmente em filmes splatter e gore. Ele nasceu em 1º de abril de 1967 (mentira, não... é verdade), no Japão, e tornou-se uma figura proeminente no cinema underground japonês devido à sua abordagem estilizada e exagerada da violência e dos efeitos visuais.


Nishimura começou sua carreira como especialista em maquiagem e efeitos especiais, contribuindo com seu talento para criar algumas das cenas mais impactantes e bizarras do cinema japonês. Ele é conhecido por utilizar sangue falso em abundância e por criar criaturas e efeitos práticos que desafiam a imaginação. Seus outros trabalhos incluem "Vampire Girl vs. Frankenstein Girl" de 2009 e "Helldriver" de 2010. Além de dirigir, Nishimura colaborou como maquiador e artista de efeitos especiais em produções como "The Machine Girl" e "Meatball Machine", ajudando a solidificar sua reputação no gênero.


Seus filmes são conhecidos pela criatividade, pela ousadia estética e pela capacidade de explorar os limites do absurdo e do grotesco. Apesar de seu apelo ser mais restrito ao público de nicho, Yoshihiro Nishimura é considerado uma lenda do cinema cult japonês, especialmente entre fãs de horror extremo.

TOKYO GORE POLICE não é apenas um filme; é uma experiência cinematográfica que desafia todas as expectativas e qualquer tentativa de racionalidade. Ele mistura gore absurdo, humor negro e uma narrativa surreal que só poderia ter saído da mente de Yoshihiro Nishimura (ou do Sady Baby). Não é para os fracos de coração (ou estômago), mas para os amantes do bizarro e do grotesco, é um prato cheio ou melhor, uma cachoeira de sangue.  

Trailer


Tokyo Gore Police
Japão
2008 - 100 minutos

Direção:
Yoshihiro Nishimura

Elenco:
Eihi Shiina (Ruka)
Itsuji Itao (Akino Miyama/The Key Man)
Yukihide Benny (Chefe da policia)
Shun Sugata (Chefão da policia)
Jiji Bu (Barabara-Man)
Ikuko Sawada (Bar Independent Owner)
Tak Sakaguchi (Koji Tenaka)
Keisuke Horibe (Pai de Ruka)

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07 janeiro 2025

Mutant Girls Squad

Bizarrice do trio maluco!


Imagine que você está no meio de um pesadelo febril onde "X-Men", "Kill Bill" e um show bizarro de cosplay japonês decidiram fazer uma festa, com muito sangue falso e um orçamento que provavelmente foi gasto inteiro em ketchup, deixando Quentin Tarantino de boca aberta. Misture tudo e o resultado é MUTANT GIRLS SQUAD, um filme que não economiza na esquisitice e transforma o absurdo em arte (ou quase isso).  Tudo isso vem temperado com um toque de humor nonsense e uma pitada generosa de "o que diabos eu estou vendo"?

A história começa com Rin (Yumi Sugimoto), uma adolescente tímida e desajeitada que vive sendo atormentada por colegas de escola e tem uma relação complicada com os pais. Até aqui, tudo parece ser apenas mais um drama colegial típico. Mas o roteiro dá uma guinada absurda quando, no dia do aniversário de 16 anos, Rin descobre que é uma mutante e não estamos falando de mutações sutis como olhos diferentes ou superinteligência. Não, o braço dela se transforma em uma lâmina gigante capaz de decepar qualquer coisa (ou pessoa) que esteja em seu caminho.


E se você acha que isso já é esquisito, espere até o exército invadir sua casa para matá-la porque, aparentemente, ser mutante é ilegal. O resultado? Uma sequência de carnificina tão exagerada que é difícil saber se você deveria estar chocado ou rindo. Rin escapa e encontra abrigo com um grupo de mutantes igualmente insanos, liderados por um mentor que parece ter saído de um anime de quinta categoria.

Aqui somos apresentados aos companheiros de Rin: uma garota que tem uma serra elétrica no lugar da bunda (sim, isso é um superpoder), outra que dispara tiros de um sutiã metralhadora, sem contar mais uma série de personagens tão absurdos que cada um deles poderia protagonizar seu próprio filme bizarro. O grupo decide lutar contra a opressão do governo, mas a verdadeira batalha é entre a sanidade do espectador e o turbilhão de cenas surreais que vêm pela frente. Podemos dizer que é uma versão ultra trash da Shopee de "X-Men"


O filme combina ação frenética com efeitos especiais que são, no mínimo, questionáveis. Cada luta é uma explosão de gore cartunesco e criatividade sem limites, onde cabeças voam, corpos são dilacerados, e jatos de sangue mais parecem fontes ornamentais. Em muitos momentos, é impossível conter o riso, seja pela falta de lógica, pelos diálogos ridículos, ou pela confiança desavergonhada do filme em suas ideias absurdas.

Voltando lá no inicio, citei que esse filme foi feito por um trio maluco, que trio seria esse? No New York Asian Film Festival (NYAFF) de 2009,  Noboru Iguchi, Yoshihiro Nishimura e Tak Sakaguchi se encontraram e decidiram fazer um filme. Cada um dirigiu aproximamente 30 minutos e em 2010 foi lançado MUTANT GIRLS SQUAD, no próprio NYAFF. Sobre o Igushi, você pode clicar aqui e saber mais. 



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Já Nishimura, se formou em direito mas sua paixão está na arte sendo que segundo ele, assiste poucos filmes mas consome muitas revistas de terror. Seu primeiro filme foi um independente chamado "Anatomia Extinction", que seria base para "Tokyo Gore Police". Outros filmes que dirigiu foram "Vampire Girl vs. Frankenstein Girl" e "Helldriver". Além desses, ele foi um dos 10 convidados a participar do filme "The Profane Exhibit". Nishimura também trabalha com maquiagem e efeitos especiais, trabalhando em "Suicide Club", "Meatball Machine", "Samurai Princess" e com Nogushi "The Machine Girl". As vezes aparece em pequenas pontas em seus filmes. Aqui é um deles.

E finalmente Tak Sakaguchi, é um ator, diretor, coreógrafo de lutas e dublê japonês conhecido por seu trabalho no cinema de ação, que combina intensidade e um toque de rebeldia. Inicialmente começou sua carreira como dublê antes de se tornar um dos nomes mais reconhecidos no cinema japonês de ação e cult. Sakaguchi é amplamente admirado por suas habilidades em artes marciais e coreografias de luta, que frequentemente apresentam um equilíbrio entre brutalidade realista e movimentos estilizados.


Ele se destacou por seus papéis em filmes que misturam ação, terror e comédia, muitas vezes no estilo que adoramos ou o "trash", que o tornou conhecido dos fãs de cinema alternativo. Aqui já postei um clássico que atuou, O Portal da Ressurreição (Versus), que o deixou famoso no Japão. Também o vemos em "Tokyo Gore Police" e "Azumi". Como diretor, além desse do post, dirigiu o "Yakuza Weapon".

Falando um pouco das atrizes, a principal é Yumi Sugimoto que também é cantora, modelo e ícone pop japonesa, conhecida por sua versatilidade e carisma no mundo do entretenimento. Nascida em 1º de abril de 1989 em Osaka, Japão, Yumi começou sua carreira ainda jovem como modelo de revistas, mas rapidamente expandiu sua atuação para o cinema, a televisão e a música, conquistando fãs em diversas áreas. 


Yumi é especialmente lembrada por seu papel em séries de tokusatsu, um gênero de ficção científica japonês que apresenta super-heróis, monstros gigantes e efeitos especiais. Um de seus papéis mais marcantes foi como Miu Sutou, a Ranger Azul na série "Engine Sentai Go-Onger" parte da popular franquia "Super Sentai". Sua interpretação trouxe um equilíbrio entre força, determinação e um toque de feminilidade que conquistou os fãs.  Além do trabalho em "Super Sentai", ela também atuou em diversos filmes e séries, incluindo produções de terror e comédia. É conhecida por sua habilidade de se adaptar a diferentes estilos de atuação, indo desde papéis mais leves e cômicos até performances intensas e dramáticas.  


Mesmo após consolidar sua carreira como atriz, Yumi continuou modelando. Ela participou de inúmeras campanhas publicitárias, revistas e eventos, mantendo sua relevância como uma das figuras mais queridas no Japão. Yumi também explorou o mundo da música, lançando singles que mostraram seu talento como cantora. Embora sua carreira musical não seja tão proeminente quanto sua atuação ou modelagem, foi mais uma prova de sua capacidade de diversificar e se reinventar no entretenimento.  

Yuko Takayama a Rei, é muito famosa no mundo sentai, sendo conhecia por suas participações na série do "Kamen Raider". Suzuka Morita a Yoshie também faz muitos sentais, entre eles "Samurai Sentai Shinkenger". Também temos Asami Sugiura num papel menor, os safadinhos devem conhecer... Clique aqui e aqui.


Por causa disso, MUTANT GIRLS SQUAD é incrivelmente divertido, "digno" de aparecer no FILMELIXO. Ele não tenta ser sério ou profundo em nenhum momento. É uma celebração do absurdo, uma carta de amor ao exagero, e um lembrete de que o cinema também pode ser um terreno para as ideias mais malucas possíveis.

Prepare-se para gargalhar, se contorcer e se perguntar várias vezes por que você ainda está assistindo e então perceber que está amando cada segundo. Porque, no fim das contas, o mundo precisa de mais filmes como MUTANT GIRLS SQUAD uma celebração desavergonhada do absurdo e da criatividade sem limites.

Trailer


Direção:
Noboru Iguchi
Yoshihiro Nishimura
Tak Sakaguchi

Elenco:
Yumi Sugimoto (Rin)
Yuko Takayama (Rei)
Suzuka Morita (Yoshie)
Kanji Tsuda (Pai da Rin)
Maiko Ito (Sayuri, Mãe da Rin)
Tak Sakaguchi (Kisaragi)
Asami Sugiura (Samurai com tapa olho)
Hikaru Shida (Nonoko)

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04 janeiro 2025

Savage Beach

Trakinagens na praia!


SAVAGE BEACH, é mais um filme de Andy Sidaris que não faz o menor sentido, mas quem se importa com isso? Queremos, porradaria, tiroteios, mulheres e peitos. Simples assim, sem tirar nem por. A fácil receita do bolo, ou melhor do filme que Sidaris prepara é muito simples, desta vez os ingredientes são:

1. Mulheres gostosas
2. Uma ilha tropical
3. Vilões aleatórios
4. Estoque infinito de munição
5. Poucas roupas
6. Mais mulheres gostosas

Modo de preparo: Misture tudo e está pronto!

Desta vez, Donna (Dona Speir) e Taryn (Hope Marie Carlton) foram contratadas para cumprir uma missão muito importante. Devem se lembrar que Donna trabalha para uma supersecreta, enquanto Taryn estava no programa de proteção a testemunhas. Como parte do disfarce, eles pilotam um avião no Havaí, fazendo entregas e passeios. Para ser sincero, poderiamos pensar que, depois de tudo o que aconteceu em Hard Ticket To Hawaii e Picasso Trigger, o disfarce delas teriam sido descobertos, mas pelo jeito não. De novo, quem se importa?
 

Enfim, desta vez elas foram contratadas para transportar uma vacina para uma ilha próxima.  Elas cumprem a missão, mas surge uma grande tempestade. Assim que elas retornam para seu destino. Como tudo é motivo para mostrar peitos, Donna pilotando o avião diz: "vamos trocar essas roupas molhadas". É claro que temos um bom ângulo para o espectador poder observar bem. Andy Sidaris é bem safadinho... Com as dificuldades do voo e ficando sem combustível, elas fazem um pouso de emergência numa ilha.


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Acontece que elas não estão sozinhas. E ficamos sabendo que há um tesouro enterrado na ilha e como resultado, todo tipo de gente está aparecendo, sendo a maioria deles vilões, outros heróis. Tem até outro primo de Abilene, Shane Abilene (Michael J. Shane). E assim, todo mundo quer esse tesouro.  


Na verdade, nem todos, tem o Guerreiro Japonês (Michael Mikasa) que foi um soldado do exército durante a Segunda Guerra Mundial. Deixado para trás na ilha, ele ainda está lutando na guerra. Ou algo assim. Até porque sempre é fácil entender o que o Guerreiro ou qualquer outra pessoa está fazendo na ilha. O Guerreiro então decide proteger Donna e Taryn e ambas tentam manter sua existência em segredo do resto das pessoas da ilha, mas isso provavelmente não vai funcionar. Ou vai?


A narrativa pode parecer confusa e pouco coesa, mesmo para o "Padrão Sidaris", com alguns diálogos forçados e subtramas que se perdem no meio do caminho. É evidente que o foco do filme não está em construir um roteiro profundo, mas em oferecer uma experiência visual que mistura explosões, perseguições e personagens com visual chamativo. Mais uma vez, quem se importa? Tudo que esperamos de bom dos filmes do Sidaris está aqui. Obvio que para uma parte pode parecer cansativo sempre termos "as mesmas histórias", "os mesmos atores", "as mesmas paisagens"... Fica aquela sensação de déjà vu.


De qualquer maneira, é claro que sempre vou recomendar assistir a algum filme do Sidaris, então prepare a pipoca, aumente o volume e curta SAVAGE BEACH. Essa versão é sem censura!

Trailer


Savage Beach
Estados Unidos
1989 - 88 minutos

Direção:
Andy Sidaris

Elenco:
Dona Speir (Donna)
Hope Marie Carlton (Taryn)
Michael J. Shane (Shane Abilene)
Bruce Christian (Bruce)
John Aprea (Captain Andreas)
Bruce Penhall (Bruce Christian)
Rodrigo Obregon (Martinez)

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01 janeiro 2025

Tekken

 Mais um filme baseado em jogo e mais uma merda!


A franquia "Tekken" foi criada pela Bandai Namco (na época somente Namco) em 1994, originalmente como um jogo para arcades. Ele se destacou rapidamente por ser um dos primeiros jogos de luta em 3D, utilizando gráficos poligonais avançados para a época, rodando na placa de hardware Namco System.

O sucesso inicial do jogo levou ao seu lançamento para o PlayStation, marcando um dos primeiros grandes sucessos da Namco na plataforma doméstica. Sua jogabilidade fluida, gráficos inovadores e estilo cinematográfico o diferenciaram de outros jogos de luta populares, como "Street Fighter" e "Mortal Kombat", que ainda eram majoritariamente em 2D na época. Na decada de 90, os jogos de luta estavam no auge, surgindo vários grandes franquias. "Tekken" virou digamos a terceira foça dos jogos de luta. Ou a quarta, já que "The King of Fighters" também estava chegando e estava bastante popular.

A mecânica central de Tekken é baseada em um sistema de 4 botões que corresponde aos membros do lutador, ou seja, braços esquerdo/direito e pernas esquerda/direita. Esse esquema permitiu um nível de precisão e estratégia que poucos jogos de luta conseguiram replicar. Além disso, a série introduziu:
- Movimentação lateral (sidestep): Permitindo escapar de ataques com movimentos tridimensionais.
- Combos personalizáveis: Dando aos jogadores a liberdade de criar sequências únicas.
- Sistema de recuperação: O jogador pode levantar-se de forma estratégica após ser derrubado.

A partir de "Tekken 7", novas mecânicas foram adicionadas, como:
- Rage Art: Ataques especiais devastadores quando o personagem está com pouca vida.
- Rage Drive: Uma variação estratégica do Rage Art, oferecendo novos combos e oportunidades.

A trama de "Tekken" é uma das mais elaboradas entre os jogos de luta, envolvendo drama familiar, ambição por poder e elementos sobrenaturais. O núcleo da história gira em torno da treta familiar Mishima e a Mishima Zaibatsu, uma corporação poderosa com intenções questionáveis.

Um pequeno resumo dos jogos:
Tekken: Introduz o Torneio do Rei do Punho de Ferro (King of Iron Fist Tournament), organizado por Heihachi Mishima. Kazuya, seu filho, busca vingança contra o pai por ter sido jogado em um penhasco na infância. No final, Kazuya vence e joga Heihachi do penhasco em um ato de retaliação.

Tekken 2: Kazuya, agora no comando da Mishima Zaibatsu, revela sua natureza sombria. Ele é derrotado por Heihachi, que retoma o controle da empresa.

Tekken 3: Introduz Jin Kazama, filho de Kazuya e Jun Kazama. Heihachi tenta usar Jin para capturar a criatura Ogre, mas o trai. Jin desperta o "Gene do Diabo" (Devil Gene) e foge. Jin é um dos personagens principais e dos mais populares.

Tekken 4 ao 6: O conflito entre Heihachi, Kazuya e Jin intensifica-se. Jin assume o controle da Mishima Zaibatsu e declara guerra ao mundo. 

Tekken 7: Serve como um desfecho para o conflito central entre Heihachi e Kazuya, culminando em uma batalha final dramática. A verdade sobre o passado sombrio da família é revelada. A partir dessa versão, o jogo teve convidados especiais sendo eles: Akuma (Street Fighter), Geese (Fatal Fury), Noctis (Final Fantasy) e Negan (Walking Dead).

Tekken 8: A rivalidade entre Jin Kazama e seu pai, Kazuya Mishima, atinge um clímax explosivo, com batalhas intensas que decidirão o destino da família Mishima e o futuro da Mishima Zaibatsu.

Evolução dos jogos

A série é conhecida por seu elenco diversificado, que inclui dezenas personagens jogáveis ao longo dos jogos. Cada um tem um estilo de luta único, inspirado em artes marciais reais ou fictícias. Alguns dos mais memoráveis incluem:

- Heihachi Mishima: O patriarca da família, obcecado por poder.
- Kazuya Mishima: Filho de Heihachi, corrompido pelo Gene do Diabo.
- Jin Kazama: Neto de Heihachi, tentando escapar do destino de sua linhagem.
- Nina Williams: Uma assassina fria, especialista em artes marciais.
- Paul Phoenix: Um lutador carismático, conhecido por seu penteado icônico.
- King: É lutador mascarado inspirado em um jaguar, mestre de técnicas de luta livre.
- Yoshimitsu: Um ninja cibernético que aparece em outros jogos da Namco, como SoulCalibur.
- Marshall Law: Um chef de cozinha inspirado em Jackie Chan.
- Eddie Gordo: Capoeirista brasileiro.

A cada jogo, "Tekken" trouxe muitas melhorias gráficas, tendo gráficos cada vez mais realistas. Hoje a franquia é a segunda força do gênero de luta, perdendo apenas para "Street Fighter", com a "ajuda" de Mortal Kombat 1 que foi muito critica pelos fãs. Enfim, "Tekken" é uma excelente jogo de luta, principalmente o ultimo, "Tekken 8", com isso com certeza o filme também é excelente, certo? Certo? Responde, porra!!!!


TEKKEN..., nem sei por onde começar... Você pode ser a maior franquia dos games, mas nem toda adaptação de videogame deveria sair da tela do console. Se você é fã de Tekken, prepare-se para rir, chorar (de desgosto) e se perguntar: "Quem achou que isso era uma boa ideia"?

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Essa porcaria tenta, e falha gloriosamente, em adaptar o universo do jogo para o cinema. Ele segue a história de Jin Kazama, mas de um jeito tão genérico que parece que pegaram o roteiro de um filme de ação qualquer e jogaram uns nomes do jogo no meio. O torneio Iron Fist está lá, mas é mais fácil acreditar que o Panda é lutador do que na profundidade desse enredo. Piada só para quem conhece o jogo. 

Heihashi e seu inconfundível corte de cabelo

Vamos começar pela escalação de elenco, porque aqui a zoeira é garantida:
- Jin Kazama (Jon Foo): Ele parece um entregador de pizza que, de repente, decidiu lutar para pagar as contas. Carisma? Deve ter ficado em alguma "season pass".
- Kazuya Mishima (Ian Anthony Dale): Um vilão tão genérico que parece saído de um comercial de banco malvado.
- Heihachi Mishima (Cary-Hiroyuki Tagawa): O único que tentou levar o papel a sério, mas com um figurino que parece saído do Carnaval de rua.
- Nina e Anna Williams (Candice Hillebrand/Marian Zapico): Transformadas em capangas sexy sem propósito. Os fãs esperavam combates épicos, mas receberam... poses e olhares intimidadores.
- Eddie Gordo: Só está lá para dar um showzinho de capoeira. 

As irmãs Williams

Cadê o King, um dos mais populares? Só no jogo. Ok, e o Paul Phoenix? Adivinha? E o Yoshimitsu? Até aparece, mas com uma armadura que parece comprada em uma loja de fantasias no Halloween e que aparece menos que 5 minutos. Falando nisso, os personagens parecem mais um festival de cosplay mal organizado. As lutas, que deveriam ser o ponto alto, são decepcionantes: cortes rápidos, coreografias sem alma e zero emoção. Tekken é conhecido por seu impacto visceral nos jogos, mas aqui é tudo tão bosta que você sente falta até de uma luta aleatória no modo arcade.

Jin Kazama

O personagem principal Jin passa o filme inteiro com cara de "não queria estar aqui", e a gente sente o mesmo. Fora que ainda parece um emo. Os diálogos dignos de memes,  algumas falas parecem saídas de uma novela ruim. Frases profundas como "lute pelo que acredita" e "eu sou a mudança" soam como slogans de autoajuda.

Kazuya Mishima

Foi dirigido por Dwight Hubbard Little que já dirigiu entre outros filmes, "Anaconda 2", "Haloween 4", "O Fantasma da Opera (The Phantom of the Opera)", "Free Willy 2" e "Rajada de Fogo (Rapid Fire)", ou seja, ele vai de 8 ao 80.  

No elenco, fazendo o papel principal temos Jon Foo que não é muito famoso. Fez "Soldado Universal 3 (Universal Soldier: Regeneration)" e o fã filme "Street Fighter: Legacy" sendo o personagem Ryu. Em 2016 fez o papel principal junto com Justin Aires na série "A Hora do Rush (Rush Hour)" que infelizmente durou apenas uma temporada.

Temos Cary-Hiroyuki Tagawa, figura carimbada em filmes de luta e ação. Aqui ficou muito engraçado seu cabelo, eu sei que ficaria difícil adaptar dos games, mas é inevitável, ficou engraçado! Para quem assistiu "Karate Kid 2", Tamlyn Tomita faz a mãe de Jin, Jun Kazama. O ex-UFC e Strikeforce, Cung Lee faz o Marshall Law, que na minha opinião não combinou.

O brasileiro/americano Lateef Crowder faz o capoeirista Eddie Gordo e acho a melhor caracterização. Crowder é um exímio capoeirista. Já fez alguns filmes de ação, interpretando sempre algum papel menor de algum lutador ou bandido. Foi dublê no "The Mandalorian" do próprio mandaloriano.

Talvez o mais conhecido do elenco seja Gary Daniels, uma espécie de "Van Damme", fazendo muitos filmes de porrada na década de 90 e 2000, alguns atuando junto com Don "The Dragon" Wilson ou Jackie Chan. Esteve no "Os Mercenários (The Expendables)" de 2010.

Até que o filme possui caracterizações bacanas

DLC:
TEKKEN é o tipo de filme que faz os jogos parecerem obras-primas da literatura. É brega, mal executado e uma lição de como não adaptar videogames. Mas, sabe o que é pior? Ele não é tão ruim quanto outros filmes de games como Super Mario Bros. Tudo bem, esse também é "hors concours".


Assistir? Só se você for fã hardcore de Tekken ou estiver com saudades de um bom filme de "comédia" com os amigos. Afinal, rir do fracasso também faz parte da experiência. 

Se desgraça pouca é bobagem... O filme ainda teve uma continuação... ACREDITE, SE QUISER...
Mas claro que isso vai ficar para uma outra oportunidade... CANSEI...

Trailer


Tekken The Movie
Estados Unidos//Japão
2009 - 92 minutos

Direção:
Dwight Little

Elenco:
Jon Foo (Jin Kazama)
Marian Zapico (Anna Williams)
Lateef Crowder (Eddy Gordo)
Cary-Hiroyuki Tagawa (Heihachi Mishima)
Candice Hillebrand (Nina Williams)
Kelly Overton (Christie Monteiro)
Ian Anthony Dale (Kazuya Mishima)
Roger Huerta (Miguel Caballero Rojo)
Anton Kasabov (Sergei Dragunov)
Luke Goss (Steve Fox)
Gary Daniels (Bryan Fury)
Tamlyn Tomita (Jun Kazama)
Cung Le (Marshall Law)
Darrin Dewitt Henson (Raven)
Mircea Monroe (Kara)
John Pyper-Ferguson (Boner)
Gary Ray Stearns (Yoshimitsu)

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The King of Fighters