Google+

30 outubro 2014

Street Fighter - A Violência Urbana (American Street Fighter)

Não é o filme do game, mas é tão fraco quanto !


Lá por meados de 1992, perto da escola que estudava, tinha uma video locadora (que infelizmente hoje estão quase extintas) onde também contava com um arcade de Street Fighter 2. Como na maioria dos moleques da época, depois da aula (ou alguns matando aula), se reuníamos para tirar uns rachas nesse game de luta que para muitos o melhor já lançado.

Um dia, é lançado (antes da bomba Street Fighter - O Filme), STREET FIGHTER - A VIOLÊNCIA URBANA (como os distribuidores brasileiro adoram colocar subtítulos, não é verdade ?), que todo mundo achou que era o filme ''oficial'' do game. Obrigatoriamente tive que aluga-lo para ver, Ryu, Ken e Cia na telinha de casa, apesar de que na capa não fizesse menção ao game, mas que eu acreditava ser algo oficial mesmo ! Como a internet estava muito longe de se tornar popular, tínhamos somente revistas para saber algo sobre filmes e games, mesmo assim, para mim era caro pois, afinal só tinha 10 anos.




Chegando em casa, cheio de testosterona na cabeça para ver um filme de ''Street Fighter'' tive aquela sensação de ter sido enganado. Cadê o Ryu ? Cadê o Ken ? Cadê a Chun Li ? Porra, cade todo mundo ?
Não é ''Street Fighter'' essa merda ? Eu quero ver os personagens !!!!! Apesar de tentar associar os personagens do filme ao game, não tive como manter isso por muito tempo, até porque não tinha como...




Pois é, os distribuidores picaretas conseguiram me enganar, trocando o logo original por um parecido do game, tentando pegar carona com o sucesso do arcade e com o futuro filme que estava sendo pensado e foi lançado dois anos depois. Provavelmente eu não fui o único tonto a cair nesse ''golpe'', mas tudo bem, passou...

Enfim, a sinopse é mais ou menos assim, Ogawa (Gerald Okamura) é o líder da máfia local responsável por contrabando de muambas dentro de cadáveres e ainda promove lutas ilegais, recrutando perigosos lutadores que não tem nada a perder, nem a temer.
Jack Tanner (Gary Daniels), que era lutador de Ogawa, recebe uma ligação desesperada de sua mãe e agora tenta salvar a vida de seu irmão Randy Tanner (Ian Jacklin), que faz parte da máfia e namora a filha do chefão.




O filme até tenta ter umas reviravoltas no enredo, podendo causar até uma certa surpresa mas não espere nada inovador. Daniels é um ótimo lutador, mas como ator é apenas comum (é claro, não podemos esperar mais que isso), talvez se tivesse uma pitada a mais de profissionalismo poderia sair um produto melhor.

Mas o que é estranho, é que tem lutas realmente boas, enquanto outras (para falar a verdade, a maioria) parecem que foram coreografadas pelo Jaime Marcelo (não sabem quem é ? Procurem por esse picareta no Google).




Por curiosidade, segue uma das capas originais:


Vamos falar de Gary Daniels, que nasceu em Londres em 1963 e também foi lutador profissional. Após assistir ''Operação Dragão'' de Bruce Lee, se inspirou e começou a treinar artes marciais, na época tinha 8 anos. Começou treinando uma arte chamada Kung Fu Mongol, que mistura além de Kung Fu, Boxe, Wrestling e Wushu. Com 12 anos entrou para o TaeKwonDo e em apenas 3 anos se graduou na faixa preta. Aos 16 anos, com 2º dan, começou a disputar torneios internacionais de TaeKwonDo. Devido a sua pouca experiencia tinha um estilo muito agressivo mas também ''sujo'', que causou algumas derrotas por desclassificação.
Nesse meio tempo, começou a treinar também, Kickboxing, Muay Thai e Wing Chun.

Seus títulos foram:
- Professional Karate Association
PKA World Light Heavyweight Championship
- World Kick Boxing Association
WKBA California State Light Heavyweight Championship

Seu cartel no kickboxing é muito bom, com 35 vitorias sendo 34 por nocaute e apenas 5 derrotas. Em 1991 fez uma luta exibição contra Don ''The Dragon'' Wilson. Se aposentou das lutas em 1993, voltou em 2008 e aí parou de vez.

Daniels começou atuando nas Filipinas em dois filmes de baixíssimo orçamento, chamados ''Final Reprisal'' e ''The Secret of King Mahis Island'' até porque não estou contando a ponta que fez na comédia ''Dragnet - Desafiando o Perigo'' com Dan Aykroyd e Tom Hanks. Seu primeiro filme sendo o protagonista foi ''Capital Punishment'' de 1991.

Em 1993 fez um vilão em ''City Hunter - O Caçador de Encrencas'' com Jackie Chan. Esse filme é conhecido pela cena onde Chan se transforma em vários lutadores de Street Fighter e Daniels é o Ken. Não conhece o filme ? Confere abaixo a cena citada:


PS: Um detalhe para os mais atentos, notarão que o personagem ''E. Honda'' ficou como ''E.Honde'' ? Isso é devido a Jackie Chan ter parceria com a Mitsubishi, concorrente da Honda.

Voltando, Daniels tomou gosto por atuar e fez diversos filmes de porrada, tendo como parceiro Steven Seagal em ''Submerged''; Don ''The Dragon'' Wilson em ''Ring of Fire'' e ''A Vingança de um Kickboxer 4'' (daquele tempo que os filmes de porrada lançado no Brasil tinha que ter ''kickboxer'' no nome); com Dolph Lundgren em ''Retrograde''. Esteve no primeiro ''Mercenários'' e na bomba Tekken além de sua sequencia como o cyborg Bryan Fury. Outro filme conhecido que participou foi ''Guerreiro da Estrela Polar'', baseado no anime ''Hokuto no Ken''.

Como Bryan Fury em ''Tekken''.

Esteve cotado para ser o Johnny Cage no filme do game ''Mortal Kombat'' e no papel principal da serie ''Highlander'', que infelizmente para seus fãs, perdeu ambos.
Além de atuar, ainda fez trabalhos como coreografo de cenas de luta, produziu e ainda foi duble em alguns filmes.

Site oficial:
http://www.garydaniels.com/

O vilão do filme é conhecido pela galera que curte filmes desse gênero, o havaiano Gerald Okamura já participou de diversos filmes, vários em participações minusculas que com certeza passa despercebido, mesmo para os mais atentos.

Não se deixe levar pela aparência, Okamura luta varias artes marciais !
Em seu currículo consta Aventureiros do Bairro Proibido, ''Massacre no Bairro Japonês'', ''Top Gang 2'', ''G.I. Joe - Origem do Cobra'', além de  episodios de ''Power Rangers'' e ''VR Troppers''. Ele também é dublê e esteve no primeiro ''Mortal Kombat'' (sem creditos), ''A Espada e os Bárbaros'', ''Assassinos de Elite'', além de filmes menores de luta.

Okamura começou a lutar Judo em 1954, depois partiu para o Aikido, Kendo e TaeKwonDo, e se dedicou ao Kung Fu onde virou faixa preta de 5º grau.

Site oficial:
http://www.geraldokamura.com/

Temos tempo para ainda falar de Ian Jacklin que também foi lutador profissional, abaixo confiram um highlight:


Como ator, Jacklin fez vários filmes de porrada, tendo Gary Daniels e Don ''The Dragon'' Wilson como seus maiores parceiros mas sempre de baixo orçamento. Entre seus destaques (nem tanto...) estão ''Ringue de Fogo 1 e 2'', mas em papeis diferentes, é que no original sua participação foi minuscula, já no segundo ganhou um papel maior. Também podemos encontra-lo em ''Kickboxer 3: A Arte da Guerra'', ''Kickboxer - A Grande Disputa'' (esse com outra lenda dos filmes de porrada B, Lorenzo Lamas) e ''Luta Final'', também com Lamas.

Jacklin (direita) e Lennox Lewis.

Atualmente, Jacklin se dedica a ajudar pessoas com câncer, após ter conhecido uma mulher chamada Cynthia Brooks que foi curada com métodos naturais. Após seus estudos, ele acredita que as formas de curas atuais não funcionam e podem até piorar a doença. Dedicado a isso, dirigiu um documentário intitulado como ''icurecancer.com'', inclusive contando com um site onde tem maiores informações: http://icurecancer.com/

Site oficial:
http://www.ianjacklin.com/

Para finalizar, o filme é bem comum, não espere nada demais (não queria encontrar um vencedor de Oscar aqui, né ? kkkkk), talvez uma surpresa com o final pessimista como um diferencial, mas em geral, assim como nos filmes pornos, trocam os atores e atrizes mas o resultado final é o mesmo (tudo bem, alguns até tentam inovar), aqui é mais um filme de porrada onde o que interessa é a troca de socos e chutes, até que relativamente bem coreografada nesse (ou não... kkkk) ! Em compensação, as atuações são bem canastronas, mas isso faz parte da diversão dos filmes anos 80/90. Para quem é fã de Gary Daniels (e também de Jacklin) é altamente recomendado !!!

A versão que trago para vocês é legendada em português, exclusivo FILME LIXO !

Querem ver outro filme de artes marciais mas 100% tupiniquim ? Clique aqui.

Trailer (não tem, mas curtam uma cena do filme)


Street Fighter - A Violência Urbana (American Street Fighter)
Estados Unidos
1992 - 86 minutos

Direção:
Steven Austin

Elenco:
Gary Daniels (Jake Tanner)
Gerald Okamura (Ogawa)
Ian Jacklin (Randy Tanner)
Roger Yuan (Ito)
Tracy Dali (Rose)

Download (versão legendada)

18 outubro 2014

Kilink Ucan Adama Karsı (Kiling vs FlyingMan)

Perola turca do anti herói italiano !


No Brasil, entre as décadas de 50 e 70, as foto novelas eram um grande sucesso entre o publico feminino que para quem não sabe, é como uma história em quadrinhos mas ao invés de desenhos, são feitas com fotos de atores representando, como um filme.
Em geral, são (ou eram) publicadas no formato de revistas, livretos ou de pequenos trechos editados em jornais e revistas, e algumas podem ser divididas em capítulos que tem um desfecho próprio, uma espécie de cliffhanger, que cria suspense e curiosidade no leitor, levando-o a comprar a continuação.

A primeira revista de fotonovela publicada aqui foi "Encanto", pois embora "Grande Hotel" circulasse desde 1947, só em 1951 que publicou uma fotonovela, intitulada "O Primeiro Amor Não Morre".

Em pesquisa feita em 1974, as revistas de fotonovela só eram superadas, em venda, pelas revistas de quadrinhos infantis. A revista "Capricho", da Editora Abril, era na época a mais vendida em média quinzenal de 210 mil exemplares (isso mesmo, média quinzenal), perdendo apenas para os personagens Disney, Mickey, Pato Donald e Tio Patinhas, cada uma com uma média periódica aproximada de 400 mil exemplares !!!

Nos anos 1970, mais de 20 revistas de fotonovelas chegaram a circular no Brasil, publicadas por várias editoras: Bloch, Vecchi, Rio Gráfica, Abril e Prelúdio, sendo que, na época, ao contrário das demais editoras que importavam as fotonovelas da Itália, a Bloch produzia suas fotonovelas no Brasil, com a revista "Sétimo Céu".

Sétimo Céu - Nº 28/JAN 1975. Com Sonia Braga e Mauro Mendonça.

Já que falamos na Itália, lá era o ''paraíso'' das fotonovelas, tipo o Brasil e México hoje com as novelas. Por lá, os quadrinhos são chamados de ''fumetti'', fumaça, em referencia aos balões usados para referir os diálogos.

Ok, mas para que tudo isso numa postagem ? Simples, o ''astro'' desse filme é originário de uma fotonovela de grande sucesso na Itália.

Killing (no original com dois ''L''), é um criminoso da pior especie, sem escrúpulos, sem misericórdia, sádico e até hoje com identidade não descoberta pelas autoridades. Ele veste um traje preto com um esqueleto desenhado. Curiosidade, o traje foi criado pelo italiano Carlo Rambaldi (1925-2012), que venceu dois Oscars por efeitos visuais com Alien e E.T. mais um prêmio especial por King Kong de 1976. Voltando, Killing costuma matar outros criminosos para roubar seus roubos (ladrão que rouba ladrão...), sempre que possível de forma cruel. As mulheres também fazem parte importante da história, sendo torturadas ou assassinadas e geralmente semi nuas ! Para matar, além de usar armas de fogo e facas, costuma usar um dardo com um veneno que causa uma morte lenta e dolorosa. Se não bastasse tudo isso ainda é um mestre em disfarces.

Capa de uma de suas edições italianas.

Foi interpretado na maioria das vezes por Aldo Agliata, sua namorada Dana que usa sua beleza e sedução a serviço do crime é unica pessoa que conhece sua identidade (por motivos óbvios, imagina transar com máscara de esqueleto !!!), é a bela Luciana Paoli que esteve em ''Rainha da Babilônia'' e ''O Médico do Instituto''. Outro personagem importante é o policial Mercier (Dario Michaelis), muito esperto e inimigo mortal do vilão, mas Killing sempre esteve um passo a sua frente. A serie contou com outros atores rotativos que participaram de vários filmes spaghetti westerns, giallos e explotation.

Killing foi inspirado por vários personagens anteriores, incluindo Fantômas, Diabolik, e especialmente Kriminal, onde foi até a roupa foi copiada ou inspirada. Uma diferença importante e que talvez por isso tenha se tornado cult é que as histórias de Killink eram muito violentas e sexualmente explicitas.

Cena de Kriminal (1966) de Umberto Lenzi.

Foi criado por Pietro Granelli com os episódios dirigidos pelo ator e cantor Rosario Borelli sendo publicado em 1966 pela Editora Ponzoni. Durou 62 edições até 1969, quando infelizmente a censura pegou e a produção suspensa. Suas histórias foram para França (seu nome foi trocado para Satanik), Alemanha, Bélgica, Turquia, Argentina (Kiling, com um ''L''), Colombia, Venezuela e Brasil, pela Editora Mundo Latino em 1981, mas infelizmente durou pouco também devido a censura. Em 2006 chegou aos Estados Unidos rebatizado como Sadistik pela comicfix, que inclusive produziu um documentário dirigido por Sandro Yassel Spazio ou Ss-Sunda intitulado ''The Diabolikal Super-Kriminal'' de 2009 onde teve sua estréia na Comic-Con de San Diego e recebeu uma menção especial dos juízes.

Por curiosidade, em 1964, Max Bunker criou a personagem Satanik, uma cientista mais feia que a Dilma que criou um forma para ficar bonita, mas como efeito colateral, se tornou completamente insana. No mercado francês seu nome foi trocado para Demoniak, já que o Killing já tinha chego antes e adotou o nome de Satanik.

Capa de uma edição da personagem Satanik.

Por algum motivo, Killing não virou oficialmente um longa (já que todas suas inspirações ganharam), mas ainda bem que temos os turcos picaretas para quebrar o galho e nos trazer perolas como ''Kilink Istanbulda'' (Killing in Istambul) que abriu uma sequencia de 11 filmes (que menos é que tenho conhecimento, pode ser mais) baseado no personagem.

KILINK UCAN ADAMA KARSI (eita nome difícil), é sem duvida nenhuma uma bobagem sem tamanho, cenas desconexas, sem continuidade, atuações bisonhas, enredo ridículo, um ''cross over'' com um Super Homem picareta de 9º categoria que ganha seus poderes com um velho mulambento e que ainda precisa gritar ''shazam'' para se transformar.

Kilink e sua namorada Suzi.

Com certeza esse é  filme mais mal editado que já assisti, provavelmente o pior de toda história do cinema mundial, pior de todo sistema solar ! Não é possível, se foi tudo proposital, não tenho duvida que o cara que editou estava com alucinogênios no cérebro, isso aqui é tão escroto que se explicar aqui, muitos não vão acreditar. As cenas são cortadas no meio das porradas, um dialogo termina numa outra cena que não tem relação nenhuma com a anterior é tão bizarro que prefiro acreditar que algo aconteceu o partes das filmagens foram perdidas. Com relação a isso, perto do final do filme, uma narração surge e começa a contar o final junto com imagens, sendo assim, até posso me esforçar em imaginar que o diretor quis dar um ar de quadrinhos para o filme, mas será que foi isso mesmo ?

Para que perder tempo em tirar a mascara para namorar...

Bem, com tudo isso é fácil imaginar que esse é um dos filmes mais toscos que já tive o prazer de ver, tem a cena impagável do Deus Sazeball dando poderes ao inspetor é demais.
O coitado está se lamentado pela morte do pai pelas mãos de Kilink e que irá se vingar, mas que isso é impossível (contraditório, né ?) e então surge o tal Deus:
- Não tenha medo de mim, minha criança. Eu não irei machucá-lo. Eu protejo os bons e puno os maus! Sou Sazeball. Estou contra Kilink, o assassino do seu pai.
- Eu quero pará-lo, tanto quanto você.
- Eu te darei o poder de Hércules, a fúria e a justiça de Júpiter, a fama de Newton, a velocidade de Ártemis e as asas de Hermes. Você só tem que dizer uma palavra. "Shazam". Nunca se esqueça, "Shazam".
- "Shazam!"
HUAHAUHAUHAUHAU
Cara, essa cena é demais, o tal inspetor agora é o Super Homem ou homem voador, com a mascara do Batman. Ele só voa duas vezes no filme, em poucos segundos e nuns takes pra lá de ridículos.

Esse é o picareta que deu poderes ao inspetor !

Esse filme é uma continuação do ''Kilink Istanbulda'' (Killing in Istambul), que inclusive contou com os mesmo personagens e essa sequencia inclusive utilizou cenas do original. Conta com a segunda maior lenda do cinema turco (o primeiro vocês sabem quem é, né ?), eu estou falando de Husein Peyda, aqui bem mais novo e sem barba, dificultando sua identificação, mas ele está lá !

Kilink adora festinhas e ser paquerado !
No fim, nem comentei da sinopse, que pelo que entendi é mais ou menos assim, Kilink mata um professor, e sequestra outro para criar uma arma que é capaz de destruir qualquer um. O filho do professor, para se vingar vira o Homem Voador e vai em busca do vilão. Bem, eu acho que é isso !!!

Esse filme recomendo assistir com os amigos, diversão garantida !!!

Mais informações:
http://morttodd.com/sadistikcinema.html

Créditos para criação dessa postagem:
http://asfotonovelas.blogspot.com.br/

Agradecimentos ao leitor DougTrash por legendar e nos trazer essa perola !

Trailer



Kilink Ucan Adama Karsı (Kiling vs FlyingMan)
Turquia
1967 - 48 minutos

Direção:
Yilmar Atadeniz

Elenco:

Irfan Atasoy (Orhan/Homem voador)
Pervin Par (Gül)
Muzaffer Tema (Professor Cemil)
Suzan Avci (Suzi)
Huseyin Peyda (Komiser)
Feridun Çölgeçen (Professor Maxwell)

Download (versão legendada)

Extra:
Killing: Rastro de Sangue
A primeira edição lançada no Brasil


Download

Créditos para essa edição:
http://asfotonovelas.blogspot.com.br/