Google+

03 outubro 2024

Hard Ticket to Hawaii

O segundo filme "Triple B" do Sidaris!


Se você já se perguntou como seria misturar uma novela cheia de personagens malucos com cenas de ação de um filme de espionagem, o clima ensolarado do Havaí, e uma cobra mutante radioativa, a resposta está aqui: HARD TICKET TO HAWAII. Esse épico trash de Andy Sidaris é uma verdadeira obra prima do entretenimento, um filme que transcende o conceito de roteiro lógico e entrega uma montanha russa de absurdos que vai fazer você rir, se espantar e questionar suas escolhas de filme, mas de um jeito incrivelmente divertido! 

Mas antes de começarmos, já sabem quem é o Andy Sidaris? Não? Então cliquem aqui, onde eu falo dele.

Voltando ao filme, somos apresentados a Donna e Taryn (Dona Speir e Hope Marie Carlton), agentes secretas que trabalham disfarçadas como pilotos de avião. Sim, porque aparentemente, no universo de HARD TICKET TO HAWAII, o principal disfarce de um espião é pilotar uma aeronave em uma ilha paradisíaca. O trabalho delas consiste em transportar qualquer coisa, de passageiros a, veja bem, cobras mutantes altamente perigosas que escaparam do controle! E aí está o primeiro de muitos absurdos: a história começa a girar em torno de um diamante contrabandeado e uma cobra geneticamente alterada e super perigosa que acaba à solta. Ah, e ela está infectada com uma praga mortal. Tudo normal até aqui, certo?


O problema, claro, é que o contrabando de diamantes e a cobra mortal se entrelaçam de uma maneira que só HARD TICKET TO HAWAII poderia imaginar. As duas heroínas, apesar de estarem armadas até os dentes e claramente aptas para derrotar vilões, estão, em boa parte do filme, ou em trajes de banho, ou protagonizando cenas de ação completamente sem sentido, como quando atiram em uma boneca inflável com uma bazuca. Sim, eu disse bazuca. Aliás, essa arma parece ser o recurso favorito dos personagens, não importa se o alvo é um bandido perigoso ou, de novo, uma boneca inflável voadora. Tudo merece uma explosão épica no universo de Sidaris!!


Agora, vamos falar de Rowdy Abilene (Ronn Moss), o "galã" de cabelo esvoaçante e músculos de novela. Com um nome como Rowdy, você espera que ele seja um herói de ação imbatível, mas ele é surpreendentemente incompetente na maior parte do tempo, inclusive em suas habilidades com armas de fogo. Sua pontaria? Horrível. Mas sua habilidade com nunchakus feitos de latas de cerveja? Impecável! O que não faz o menor sentido, mas Sidaris não está preocupado com sentido, apenas com diversão.

Donna e Taryn são as protagonistas femininas que, apesar de serem agentes secretas, passam mais tempo em poses sensuais do que realmente resolvendo o conflito central. Elas enfrentam os vilões de forma decidida, mas sempre com aquele toque de "estamos em um ensaio fotográfico de biquíni". E é claro que o filme as coloca em cenas completamente aleatórias, como quando Taryn enfrenta um assassino enquanto anda de patins, em uma das lutas mais sem nexo já vistas.


E temos vilões também! Afinal, é um filme do Andy Sidaris! O chefão do contrabando de diamantes é daquelas figuras genéricas, sem qualquer motivação clara além de fazer cara de mal. No entanto, ele tem capangas bem peculiares, incluindo um homem que usa um skate como arma mortal, equipado com uma metralhadora! Não vamos esquecer que, no meio disso tudo, ainda há uma cobra mutante radioativa à solta, que aparece em cenas tão aleatórias que você se pergunta se o roteirista esqueceu que ela deveria estar no filme e só a colocou lá por acaso.


As cenas de ação são o ponto alto do filme, mas não pelos motivos convencionais. Elas são tão absurdas e mal coreografadas que acabam se tornando hilárias. A cena mais famosa é, sem dúvida, quando Rowdy derruba um vilão que andava de skate com, adivinhe, uma bazuca!!! Sim, ele atira com uma bazuca em um sujeito com um skate. Melhor ainda, a sequência envolve um boneco inflável usado como distração antes do tiro final. A quantidade de explosões desnecessárias neste filme é digna de um prêmio à parte. As vezes podemos pensar que estamos vendo um filme da Troma


O filme também entrega tiroteios que desafiam qualquer senso de realidade. Ninguém, absolutamente ninguém, tem uma pontaria decente, exceto quando estão mirando em objetos inanimados ou tentando causar a maior explosão possível.

Se você achou que os vilões humanos eram bizarros, espere até ver a cobra. Por algum motivo, essa criatura geneticamente alterada e radioativa parece ser uma ameaça maior do que o cartel de drogas. Ela ataca do nada, surgindo em locais inesperados como banheiros e furgões e suas aparições são tão ridiculamente inseridas na história que você se pergunta se o Sidaris colocou essas cenas como um teste de atenção do público. Cada vez que a cobra surge, o filme atinge novos níveis de estranheza.


HARD TICKET TO HAWAII é o exemplo perfeito do que acontece quando um diretor está 100% comprometido com o exagero e 0% preocupado com lógica. Se você ama filmes que desafiam sua noção de normalidade (Velozes & Furiosos?), que fazem você rir pelas razões mais bizarras e que são tão absurdos que se tornam irresistíveis, este é o filme para você. 


A combinação de cenários tropicais, diálogos ridiculamente engraçados, cenas de ação mal coreografadas e efeitos especiais que parecem ter sido feitos no quintal de alguém torna este filme uma experiência única. É um clássico cult que, contra todas as probabilidades, ganhou um lugar no coração de fãs do cinema trash.


Prepare-se para gritar de rir, se questionar o que acabou de ver, e agradecer por ter entrado no mundo insano de HARD TICKET TO HAWAII. Não é apenas um filme, é uma aventura insana e hilária que faz cada segundo valer a pena!

Apesar de no geral os filmes do Sidaris serem "todos iguais", com uma pitada de diferença aqui e ali, particularmente achei ainda mais divertido o Malibu Express, mas é apenas questão de opinião. Lembrando que o Sidaris também aparece por aqui, mas nesse está até mais fácil de encontrar.

Legendado por FILMELIXO!

Trailer


Hard Ticket to Hawaii
Estados Unidos
95 minutos - 1987

Direção:
Andy Sidaris

Elenco:
Ronn Moss (Rowdy Abilene)
Dona Speir (Donna)
Hope Marie Carlton (Taryn)
Cynthia Brimhall (Edy)
Wolf Larson (J.J. Jackson)
Harold Diamond (Jade)

Download (versão legendada)

Inglês com Filmes - Entenda o Inglês Falado

Cinema independente para mentes empreendedoras

Do basico ao avançado Adobe Premiere

27 setembro 2024

Malibu Express

Do mestre Andy Sidaris!


Malibu Express, dirigido por Andy Sidaris, é um dos clássicos do "cinema B" dos anos 80 que leva o conceito de ação exagerada a um nível completamente novo. O filme é uma mistura absurda de espionagem, corridas de carros, tiroteios, e, claro, uma boa dose de mulheres em biquínis. Se você está procurando por um filme de trama complexa e atuações dignas de Oscar, já vou avisando: você veio ao lugar errado. Agora, se o seu objetivo é se divertir com algo deliciosamente cafona e recheado de clichês, esse filme é pura diversão. 

Mas pera aí? Não conhece Andy Sidaris? Tudo bem, é a primeira vez que trago aqui. Ele foi um diretor e produtor de filmes norte-americano, famoso por seus filmes de ação de baixo orçamento, especialmente durante as décadas de 1980 e 1990. Nasceu em 20 de fevereiro de 1931, em Chicago, Illinois, falecendo em 7 de março de 2007. Sidaris começou sua carreira na televisão, onde dirigiu esportes e eventos, incluindo a cobertura das Olimpíadas e eventos da NFL. Ele chegou a ganhar um prêmio Emmy por seu trabalho como diretor de transmissões esportivas. 

No entanto, Sidaris ficou mais conhecido por seus filmes de ação, que ele próprio classificava como "Triple B" ("Bullets, Bombs and Babes" ou "Balas, Bombas e Garotas"). Esses filmes, que misturavam cenas de ação explosivas com personagens femininas gostosas e armadas, tornaram-se uma marca registrada de sua carreira no cinema. Entre os filmes mais populares de Sidaris estão "Malibu Express" (1985), "Hard Ticket to Hawaii" (1987), e "Picasso Trigger" (1988). Esses filmes geralmente eram estrelados por modelos da Playboy ou ex-misses, seguindo uma fórmula que misturava ação, espionagem, e uma boa dose de sensualidade.

Sidaris também foi pioneiro no estilo de filmagem conhecido como "honey shot", uma técnica usada durante transmissões esportivas para captar imagens de mulheres bonitas no meio da multidão, o que também influenciou seu estilo de direção nos filmes. Apesar de não ter sido aclamado pela crítica, Andy Sidaris construiu uma base de fãs fiel no gênero "cinema B", e seus filmes continuam a ser apreciados como cult pelos fãs de filmes de ação exagerada e entretenimento com mulheres bonitas. Sim, seus filmes tem muitas mulheres bonitas (e peladas!!!).


MALIBU EXPRESS faz parte do chamado "Triple B" de Sidaris (citado anteriormente), que é uma série de 12 filmes que fazem parte do mesmo universo de agentes da DEA no Havaí e futuramente com os agentes secretos da L.E.T.H.A.L. "Legion to Ensure Total Harmony and Law" (numa tradução livre seria "Legião para Garantir Harmonia Total e Lei"). Não necessariamente os filmes são continuações, até porque tem atores que chegam a fazer papeis diferentes, então nem de bola para isso. MALIBU EXPRESS é o primeiro desse "Universo Expandido de Sidaris". Chupa Marvel!

Os filmes são (em ordem de lançamento):
Savage Beach (1989)
Guns (1990)
Do or Die (1991)
Hard Hunted (1992)
Fit to Kill (1993)
Enemy Gold (1993)
The Dallas Connection (1994)
Day of the Warrior (1996)
Return to Savage Beach (1998)

Tirando o "Enemy Gold" e "The Dallas Connection" que foram dirigidos por Christian Drew Sidaris, filho de Sidaris, todos os demais foram dirigidos pelo mestre.

Vamos ao filme, o herói dessa ópera de testosterona e tiroteios é Cody Abilene (interpretado por Darby Hinton), um detetive particular cuja principal característica é ser incrivelmente charmoso, mas lamentavelmente péssimo com armas de fogo. Quando cito "péssimo", não estou exagerando. Em uma época onde heróis de filmes de ação são basicamente máquinas de matar, Cody não consegue acertar um alvo nem a curta distância. E é isso que o torna tão divertido! Ele sabe disso, mas seu charme e carisma fazem com que, de alguma forma, sempre se safe. O fato de ele viver numa luxuosa casa flutuante em Malibu só adiciona ao seu estilo de vida "cowboy da praia".


Cody é contratado para investigar uma rica e suspeita família que pode estar envolvida em um escândalo de espionagem. A trama central envolve um esquema em que segredos do governo estão sendo vendidos para os russos. Sim, os vilões da Guerra Fria, sempre prontos para aparecerem como antagonistas perfeitos em qualquer enredo dos anos 80. O problema? Quase ninguém parece ser o que realmente é, e a investigação logo se transforma em um emaranhado de situações ridículas que incluem assassinatos, perseguições e traições.

Cody é contratado por uma misteriosa figura do governo, a Condessa Luciana (Sybil Danning), que o coloca no encalço da família Chamberlain, um grupo de ricaços excêntricos. Entre os principais suspeitos estão Lady Lillian Chamberlain (Niki Dantine), a matriarca impiedosa e manipuladora, Stuart Chamberlain (Michael Andrews), um ricaço esquisitão, e Anita (Shelley Taylor Morgan), a sedutora esposa de Stuart, que parece ser a principal peça desse quebra-cabeça de intrigas.

Durante a investigação, Cody também conhece personagens bizarros, como Shane (Brett Clark), o mordomo ex presidiário, suas vizinhas Faye e May (Kimberly McArthur/
Barbara Edwards), interpretadas por ex playmates e, que estão sempre disponíveis para qualquer tipo de distração, além de claro a família Buffington, o pai P. L. (Abb Dickson), sua esposa Dooren (Busty O'Shea) e o filho maluco Bobo (Randy Rudy). O trio aparece para desafiar o herói numa corrida e sempre quando estão em tela é hilário.


Sidaris sabia que estava fazendo algo maior que a vida, então a cada cinco minutos temos uma cena que desafia a lógica, e muitos anos antes de "Velozes & Furiosos". Perseguições em carros esportivos, tiroteios com armas que parecem mais saídas de um filme de ficção científica do que de um caso de espionagem realista, e um Cody que, mesmo sem saber atirar, se mete em situações onde, claro, há armas por todos os lados.

Um dos pontos altos do filme é uma corrida de barco que acontece por entre ilhas, com Cody dirigindo sua lancha como se estivesse em um videogame de arcade. Há também as cenas de perseguições automobilísticas, onde o DeLorean de Cody brilha sob o sol da Califórnia, em pleno glamour dos anos 80. Mas o detalhe é que, mesmo com todos esses momentos “empolgantes”, há sempre um toque de humor. As cenas de luta são coreografadas de maneira tão tosca que parece que os personagens estão participando de um jogo de pega-pega.


Agora, seria impossível falar de um filme de Andy Sidaris sem mencionar o elemento que o tornou uma espécie de mestre do "cinema B": a sensualidade exagerada. O filme tem inúmeras cenas de nudez gratuita, geralmente envolvendo modelos da Playboy e estrelas de revistas masculinas, que fazem parte do elenco. As mulheres de MALIBU EXPRESS não são apenas coadjuvantes, mas quase uma parte fundamental da "trama", seja distraindo Cody com banhos de sol na piscina, ou se envolvendo em cenas de sedução dignas de um videoclipe dos anos 80.

As cenas de erotismo, no entanto, nunca são realmente explícitas ou vulgares. Elas parecem estar ali mais para sublinhar a estética exagerada do filme do que para chocar ou provocar. Sidaris sabia como usar isso a seu favor, fazendo com que esses momentos se tornassem quase satíricos, como se o filme estivesse piscando para o público a cada cena de biquíni.


É impossível assistir MALIBU EXPRESS e não ser imediatamente transportado para o auge dos anos 80. As roupas (muito neon, maiôs cavados, blusas justas e calças com cintura alta), os cabelos (todo mundo com um mullet estilizado ou cachos volumosos), e a trilha sonora sintetizada criam um clima tão icônico que você pode quase sentir o cheiro de laquê e fita cassete no ar. O filme, anda anos 80, cheira anos 80, tem aparência anos 80...


Tudo no filme é um exagero visual: das mansões luxuosas em Malibu às corridas de carros, barcos e helicópteros. E isso tudo, é claro, filmado com aquele charme amador de uma produção de baixo orçamento. O filme não tenta esconder que é uma produção barata, e Sidaris abraça essa simplicidade, elevando o charme da coisa toda.

MALIBU EXPRESS é uma explosão de exageros, desde a trama simplória e maluca, até as personagens voluptuosas e as cenas de ação inverossímeis. O filme entrega exatamente o que promete: um entretenimento despreocupado, com tiroteios sem fim, personagens caricatos, e uma boa dose de humor involuntário. Andy Sidaris sabia como misturar ação, erotismo e comédia de uma maneira que se tornou única. Se você está no clima para assistir a algo que desafia a lógica e abraça todos os clichês possíveis dos filmes de ação dos anos 80, este aqui vai te proporcionar uma sessão de risadas, surpresas e momentos absurdos que só o cinema B dessa época poderia oferecer. Ah sim, já ia me esquecendo, Sidaris faz uma pequena aparição.

Versão sem censura e legendada por FILMELIXO!

Trailer


Malibu Express
Estados Unidos
1985 - 101 minutos

Direção:
Andy Sidaris

Elenco:
Darby Hinton (Cody Abilene)
Sybil Danning (Condessa Luciana)
Niki Dantine (Lady Lillian Chamberlain)
Michael Andrews (Stuart Chamberlain)
Shelley Taylor Morgan (Anita Chamberlain)
Lorraine Michaels (Liza Chamberlain)
Brett Clark (Shane)
Kimberly McArthur (Faye)
Barbara Edwards (May)
Abb Dickson (P. L. Buffington)
Busty O'Shea (Doreen Buffington)
Randy Rudy (Bobo Buffington)

Download (versão legendada)

Inglês com Filmes - Entenda o Inglês Falado

Cinema independente para mentes empreendedoras

Do básico ao avançado Adobe Premiere