SAVAGE BEACH, é mais um filme de Andy Sidaris que não faz o menor sentido, mas quem se importa com isso? Queremos, porradaria, tiroteios, mulheres e peitos. Simples assim, sem tirar nem por. A fácil receita do bolo, ou melhor do filme que Sidaris prepara é muito simples, desta vez os ingredientes são:
1. Mulheres gostosas
2. Uma ilha tropical
3. Vilões aleatórios
4. Estoque infinito de munição
5. Poucas roupas
6. Mais mulheres gostosas
Modo de preparo: Misture tudo e está pronto!
Desta vez, Donna (Dona Speir) e Taryn (Hope Marie Carlton) foram contratadas para cumprir uma missão muito importante. Devem se lembrar que Donna trabalha para uma supersecreta, enquanto Taryn estava no programa de proteção a testemunhas. Como parte do disfarce, eles pilotam um avião no Havaí, fazendo entregas e passeios. Para ser sincero, poderiamos pensar que, depois de tudo o que aconteceu em Hard Ticket To Hawaii e Picasso Trigger, o disfarce delas teriam sido descobertos, mas pelo jeito não. De novo, quem se importa?
Enfim, desta vez elas foram contratadas para transportar uma vacina para uma ilha próxima. Elas cumprem a missão, mas surge uma grande tempestade. Assim que elas retornam para seu destino. Como tudo é motivo para mostrar peitos, Donna pilotando o avião diz: "vamos trocar essas roupas molhadas". É claro que temos um bom ângulo para o espectador poder observar bem. Andy Sidaris é bem safadinho... Com as dificuldades do voo e ficando sem combustível, elas fazem um pouso de emergência numa ilha.
Acontece que elas não estão sozinhas. E ficamos sabendo que há um tesouro enterrado na ilha e como resultado, todo tipo de gente está aparecendo, sendo a maioria deles vilões, outros heróis. Tem até outro primo de Abilene, Shane Abilene (Michael J. Shane). E assim, todo mundo quer esse tesouro.
Na verdade, nem todos, tem o Guerreiro Japonês (Michael Mikasa) que foi um soldado do exército durante a Segunda Guerra Mundial. Deixado para trás na ilha, ele ainda está lutando na guerra. Ou algo assim. Até porque sempre é fácil entender o que o Guerreiro ou qualquer outra pessoa está fazendo na ilha. O Guerreiro então decide proteger Donna e Taryn e ambas tentam manter sua existência em segredo do resto das pessoas da ilha, mas isso provavelmente não vai funcionar. Ou vai?
A narrativa pode parecer confusa e pouco coesa, mesmo para o "Padrão Sidaris", com alguns diálogos forçados e subtramas que se perdem no meio do caminho. É evidente que o foco do filme não está em construir um roteiro profundo, mas em oferecer uma experiência visual que mistura explosões, perseguições e personagens com visual chamativo. Mais uma vez, quem se importa? Tudo que esperamos de bom dos filmes do Sidaris está aqui. Obvio que para uma parte pode parecer cansativo sempre termos "as mesmas histórias", "os mesmos atores", "as mesmas paisagens"... Fica aquela sensação de déjà vu.
De qualquer maneira, é claro que sempre vou recomendar assistir a algum filme do Sidaris, então prepare a pipoca, aumente o volume e curta SAVAGE BEACH. Essa versão é sem censura!
A franquia "Tekken" foi criada pela Bandai Namco (na época somente Namco) em 1994, originalmente como um jogo para arcades. Ele se destacou rapidamente por ser um dos primeiros jogos de luta em 3D, utilizando gráficos poligonais avançados para a época, rodando na placa de hardware Namco System.
O sucesso inicial do jogo levou ao seu lançamento para o PlayStation, marcando um dos primeiros grandes sucessos da Namco na plataforma doméstica. Sua jogabilidade fluida, gráficos inovadores e estilo cinematográfico o diferenciaram de outros jogos de luta populares, como "Street Fighter" e "Mortal Kombat", que ainda eram majoritariamente em 2D na época. Na decada de 90, os jogos de luta estavam no auge, surgindo vários grandes franquias. "Tekken" virou digamos a terceira foça dos jogos de luta. Ou a quarta, já que "The King of Fighters" também estava chegando e estava bastante popular.
A mecânica central de Tekken é baseada em um sistema de 4 botões que corresponde aos membros do lutador, ou seja, braços esquerdo/direito e pernas esquerda/direita. Esse esquema permitiu um nível de precisão e estratégia que poucos jogos de luta conseguiram replicar. Além disso, a série introduziu:
- Movimentação lateral (sidestep): Permitindo escapar de ataques com movimentos tridimensionais.
- Combos personalizáveis: Dando aos jogadores a liberdade de criar sequências únicas.
- Sistema de recuperação: O jogador pode levantar-se de forma estratégica após ser derrubado.
A partir de "Tekken 7", novas mecânicas foram adicionadas, como:
- Rage Art: Ataques especiais devastadores quando o personagem está com pouca vida.
- Rage Drive: Uma variação estratégica do Rage Art, oferecendo novos combos e oportunidades.
A trama de "Tekken" é uma das mais elaboradas entre os jogos de luta, envolvendo drama familiar, ambição por poder e elementos sobrenaturais. O núcleo da história gira em torno da treta familiar Mishima e a Mishima Zaibatsu, uma corporação poderosa com intenções questionáveis.
Um pequeno resumo dos jogos:
Tekken: Introduz o Torneio do Rei do Punho de Ferro (King of Iron Fist Tournament), organizado por Heihachi Mishima. Kazuya, seu filho, busca vingança contra o pai por ter sido jogado em um penhasco na infância. No final, Kazuya vence e joga Heihachi do penhasco em um ato de retaliação.
Tekken 2: Kazuya, agora no comando da Mishima Zaibatsu, revela sua natureza sombria. Ele é derrotado por Heihachi, que retoma o controle da empresa.
Tekken 3: Introduz Jin Kazama, filho de Kazuya e Jun Kazama. Heihachi tenta usar Jin para capturar a criatura Ogre, mas o trai. Jin desperta o "Gene do Diabo" (Devil Gene) e foge. Jin é um dos personagens principais e dos mais populares.
Tekken 4 ao 6: O conflito entre Heihachi, Kazuya e Jin intensifica-se. Jin assume o controle da Mishima Zaibatsu e declara guerra ao mundo.
Tekken 7: Serve como um desfecho para o conflito central entre Heihachi e Kazuya, culminando em uma batalha final dramática. A verdade sobre o passado sombrio da família é revelada. A partir dessa versão, o jogo teve convidados especiais sendo eles: Akuma (Street Fighter), Geese (Fatal Fury), Noctis (Final Fantasy) e Negan (Walking Dead).
Tekken 8: A rivalidade entre Jin Kazama e seu pai, Kazuya Mishima, atinge um clímax explosivo, com batalhas intensas que decidirão o destino da família Mishima e o futuro da Mishima Zaibatsu.
Evolução dos jogos
A série é conhecida por seu elenco diversificado, que inclui dezenas personagens jogáveis ao longo dos jogos. Cada um tem um estilo de luta único, inspirado em artes marciais reais ou fictícias. Alguns dos mais memoráveis incluem:
- Heihachi Mishima: O patriarca da família, obcecado por poder.
- Kazuya Mishima: Filho de Heihachi, corrompido pelo Gene do Diabo.
- Jin Kazama: Neto de Heihachi, tentando escapar do destino de sua linhagem.
- Nina Williams: Uma assassina fria, especialista em artes marciais.
- Paul Phoenix: Um lutador carismático, conhecido por seu penteado icônico.
- King: É lutador mascarado inspirado em um jaguar, mestre de técnicas de luta livre.
- Yoshimitsu: Um ninja cibernético que aparece em outros jogos da Namco, como SoulCalibur.
- Marshall Law: Um chef de cozinha inspirado em Jackie Chan.
- Eddie Gordo: Capoeirista brasileiro.
A cada jogo, "Tekken" trouxe muitas melhorias gráficas, tendo gráficos cada vez mais realistas. Hoje a franquia é a segunda força do gênero de luta, perdendo apenas para "Street Fighter", com a "ajuda" de Mortal Kombat 1 que foi muito critica pelos fãs. Enfim, "Tekken" é uma excelente jogo de luta, principalmente o ultimo, "Tekken 8", com isso com certeza o filme também é excelente, certo? Certo? Responde, porra!!!!
TEKKEN..., nem sei por onde começar... Você pode ser a maior franquia dos games, mas nem toda adaptação de videogame deveria sair da tela do console. Se você é fã de Tekken, prepare-se para rir, chorar (de desgosto) e se perguntar: "Quem achou que isso era uma boa ideia"?
Essa porcaria tenta, e falha gloriosamente, em adaptar o universo do jogo para o cinema. Ele segue a história de Jin Kazama, mas de um jeito tão genérico que parece que pegaram o roteiro de um filme de ação qualquer e jogaram uns nomes do jogo no meio. O torneio Iron Fist está lá, mas é mais fácil acreditar que o Panda é lutador do que na profundidade desse enredo. Piada só para quem conhece o jogo.
Heihashi e seu inconfundível corte de cabelo
Vamos começar pela escalação de elenco, porque aqui a zoeira é garantida:
- Jin Kazama (Jon Foo): Ele parece um entregador de pizza que, de repente, decidiu lutar para pagar as contas. Carisma? Deve ter ficado em alguma "season pass".
- Kazuya Mishima (Ian Anthony Dale): Um vilão tão genérico que parece saído de um comercial de banco malvado.
- Heihachi Mishima (Cary-Hiroyuki Tagawa): O único que tentou levar o papel a sério, mas com um figurino que parece saído do Carnaval de rua.
- Nina e Anna Williams (Candice Hillebrand/Marian Zapico): Transformadas em capangas sexy sem propósito. Os fãs esperavam combates épicos, mas receberam... poses e olhares intimidadores.
- Eddie Gordo: Só está lá para dar um showzinho de capoeira.
As irmãs Williams
Cadê o King, um dos mais populares? Só no jogo. Ok, e o Paul Phoenix? Adivinha? E o Yoshimitsu? Até aparece, mas com uma armadura que parece comprada em uma loja de fantasias no Halloween e que aparece menos que 5 minutos. Falando nisso, os personagens parecem mais um festival de cosplay mal organizado. As lutas, que deveriam ser o ponto alto, são decepcionantes: cortes rápidos, coreografias sem alma e zero emoção. Tekken é conhecido por seu impacto visceral nos jogos, mas aqui é tudo tão bosta que você sente falta até de uma luta aleatória no modo arcade.
Jin Kazama
O personagem principal Jin passa o filme inteiro com cara de "não queria estar aqui", e a gente sente o mesmo. Fora que ainda parece um emo. Os diálogos dignos de memes, algumas falas parecem saídas de uma novela ruim. Frases profundas como "lute pelo que acredita" e "eu sou a mudança" soam como slogans de autoajuda.
Kazuya Mishima
Foi dirigido por Dwight Hubbard Little que já dirigiu entre outros filmes, "Anaconda 2", "Haloween 4", "O Fantasma da Opera (The Phantom of the Opera)", "Free Willy 2" e "Rajada de Fogo (Rapid Fire)", ou seja, ele vai de 8 ao 80.
No elenco, fazendo o papel principal temos Jon Foo que não é muito famoso. Fez "Soldado Universal 3 (Universal Soldier: Regeneration)" e o fã filme "Street Fighter: Legacy" sendo o personagem Ryu. Em 2016 fez o papel principal junto com Justin Aires na série "A Hora do Rush (Rush Hour)" que infelizmente durou apenas uma temporada.
Temos Cary-Hiroyuki Tagawa, figura carimbada em filmes de luta e ação. Aqui ficou muito engraçado seu cabelo, eu sei que ficaria difícil adaptar dos games, mas é inevitável, ficou engraçado! Para quem assistiu "Karate Kid 2", Tamlyn Tomita faz a mãe de Jin, Jun Kazama. O ex-UFC e Strikeforce, Cung Lee faz o Marshall Law, que na minha opinião não combinou.
O brasileiro/americano Lateef Crowder faz o capoeirista Eddie Gordo e acho a melhor caracterização. Crowder é um exímio capoeirista. Já fez alguns filmes de ação, interpretando sempre algum papel menor de algum lutador ou bandido. Foi dublê no "The Mandalorian" do próprio mandaloriano.
Talvez o mais conhecido do elenco seja Gary Daniels, uma espécie de "Van Damme", fazendo muitos filmes de porrada na década de 90 e 2000, alguns atuando junto com Don "The Dragon" Wilson ou Jackie Chan. Esteve no "Os Mercenários (The Expendables)" de 2010.
Até que o filme possui caracterizações bacanas
DLC:
TEKKEN é o tipo de filme que faz os jogos parecerem obras-primas da literatura. É brega, mal executado e uma lição de como não adaptar videogames. Mas, sabe o que é pior? Ele não é tão ruim quanto outros filmes de games como Super Mario Bros. Tudo bem, esse também é "hors concours".
Assistir? Só se você for fã hardcore de Tekken ou estiver com saudades de um bom filme de "comédia" com os amigos. Afinal, rir do fracasso também faz parte da experiência.
Se desgraça pouca é bobagem... O filme ainda teve uma continuação... ACREDITE, SE QUISER...
Mas claro que isso vai ficar para uma outra oportunidade... CANSEI...
Esse é mais um título que imediatamente faz você pensar: "Será que este é mais um daqueles filmes que tentam capitalizar o sucesso de "Jurassic Park", mas com um orçamento que daria para comprar, no máximo, um dente de dinossauro?" A resposta é um sonoro SIIIIIIIIM! Este filme de 2021 dirigido por Hank Braxtan é tudo o que você esperaria de uma obra de ação e terror envolvendo dinossauros e pessoas imprudentes (para não dizer, burras), ou seja, muita tosqueira, explosões e répteis pré-históricos que parecem saídos de uma versão barata de algum jogo ruim de 32 bits.
Aqui temos, um grupo de caçadores (bem clichê) que se inscrevem em uma caça aos dinossauros dentro de uma reserva ultra-secreta. Aí você já vê onde as coisas estão indo: nada pode dar certo quando uma reserva inteira de dinossauros, que supostamente está sob controle, acaba ficando fora de controle, até porque, vamos lá, é claro que os dinossauros vão escapar, e é claro que todos esses machões armados até os dentes vão começar a ser devorados um a um. Daria para dizer que JURASSIC HUNT é um filme do Jason sem o Jason.
Logo no início, somos apresentados à nossa heroína, Parker (Courtney Loggins), uma mulher forte e misteriosa infiltrada entre os caçadores com sua própria agenda secreta. Porque, aparentemente, caçar dinossauros geneticamente modificados e famintos não era perigoso o suficiente, você precisa de uma espiã disfarçada entre os idiotas que acham que vão sair ilesos dessa bagunça.
O vilão principal é o típico empresário malvado que vê a caça aos dinossauros como um negócio de alto risco e lucro rápido, você já o conhece, ele existe em todo filme desse tipo, então nenhuma novidade. É aquele cara que você sabe que vai acabar devorado de uma maneira muito irônica, geralmente depois de dar algum discurso sobrecomo ele está no controle de tudo. Mais clichê que isso, impossível!
E os dinossauros? Estes são, sem dúvida, as estrelas do show, mas não pelas razões certas. Imagine que alguém pegou o software de modelagem 3D de dinossauros da década de 90 e pensou: "Sabe o que seria ótimo? Se usássemos exatamente esses dinossauros aqui, sem melhorar NADA!" E foi exatamente isso que aconteceu. Os (d)efeitos especiais são dignos de um filme feito para TV com orçamento de produção equivalente ao preço de uma pizza grande (em promoção). Os dinossauros, todos CGI, se movem com a graciosidade de marionetes digitais com articulações travadas. É aquele nível de efeito em que você sente vontade de chamar os gráficos de um jogo de Playstation 1 para se defender e dizer: "Pelo menos, eu não sou TÃO ruim!"
Os dinos, claro, são os mais irritantes (e onipresentes). Eles surgem de arbustos, rochas, e até parecem cair do céu, sempre prontos para abocanhar algum coitado que achou que era macho o suficiente para enfrentá-los com um rifle ou arco e flecha. A questão é que, enquanto em "Jurassic Park" eles eram criaturas assustadoras e habilidosas, aqui eles parecem aqueles cachorrinhos pequenos que correm atrás de você na rua, só que com mais dentes e menos cérebro.
E claro, temos o Tiranossauro Rex, que, por mais que o CGI seja terrível, ganha pontos pela sua "atuação dramática". Ele aparece do nada (como sempre) e transforma qualquer diálogo sem graça entre os personagens em uma corrida desesperada por suas vidas. O problema é que você não se sente aterrorizado, mas sim pensando: "Por favor, devorem logo essas pessoas chatas para que a gente possa terminar o filme."
O elenco dos caçadores é um desfile de estereótipos ambulantes. Temos o cara durão que fala pouco, o sujeito que tenta fazer piadas em momentos inadequados, o nerd que deveria ser um gênio, mas que só faz burradas, e, claro, a mulher fatal que é badass, mas usa roupas que não têm absolutamente nenhuma funcionalidade para uma caça aos dinossauros.
E como não podia faltar, temos também o clássico personagem que acha que pode domesticar os dinossauros, como se eles fossem grandes lagartos de estimação. Este é aquele tipo de pessoa que claramente nunca assistiu a um filme de dinossauro antes. E acredite: o plano dele não vai terminar bem.
Parker, nossa protagonista, faz o possível para salvar esse grupo de almas desmioladas, mas a verdade é que você passa metade do filme esperando que ela seja a última a sobreviver, não por ela ser a mais inteligente, mas porque, por comparação, todos os outros são incrivelmente irritantes e parecem estar implorando para serem devorados. E também o clichê "final girl" que temos em diversos filmes de terror.
Agora, vamos falar sobre as cenas de ação, porque é aqui que o filme se vende como um "caça-níqueis de dinossauros". O que ele entrega, porém, é uma mistura de tiroteios mal coreografados, correria desenfreada e uma edição que parece ter sido feita por alguém que tinha um prazo muito apertado (ou que estava com pressa de pegar o último ônibus).
As perseguições entre dinossauros e humanos são, na melhor das hipóteses, confusas. Há muitos cortes rápidos e ângulos estranhos, provavelmente para disfarçar o fato de que os dinossauros de CGI parecem não conseguir correr mais de cinco metros sem parecerem dessincronizados com o fundo digital. E as explosões, porque, claro, há explosões e são tão absurdas que você começa a pensar: "De onde veio essa bomba?" Em um momento, alguém está atirando em um dinossauro com uma espingarda, no seguinte, tudo está em chamas.
O que realmente se destaca, porém, são as mortes absolutamente hilárias dos caçadores. Todos eles parecem encontrar maneiras criativas (e idiotas) de morrer, seja sendo dilacerados por raptores ou esmagados por um Tiranossauro que surge do nada como se estivesse esperando o momento certo para fazer uma entrada triunfal.
E a cereja do bolo são os dialógos. Não há uma única linha que não seja uma combinação de clichês ou frases de efeito mal executadas. É como se os personagens tivessem uma competição secreta para ver quem consegue ser o mais bobo em situações tensas. Você tem diálogos do tipo:
- Estamos caçando dinossauros, não coelhinhos de pelúcia!
- Eles são mais rápidos que a gente, mas eu sou mais esperto. (Não são HAHAHA)
Em vez de adicionar tensão ou construir qualquer tipo de empatia com os personagens, você se pega rindo involuntariamente de como eles estão levando tudo tão a sério, mesmo quando o filme claramente não se leva.
JURASSIC HUNT é um festival de absurdos divertidos mas ele entrega o que promete: dinossauros de CGI ruins, personagens genéricos, e um bom número de cenas de ação que vão te fazer rir mais do que se assustar. Esse é um digno FILMELIXO. Pegue a pipoca, suspenda toda a sua descrença e aproveite essa montanha-russa de CGI ultrapassado e caçadores imprudentes sendo despedaçados por dinossauros animados.
Essa é mais uma joia brilhante (e deliciosamente tosca) do mestre dos filmes de ação B, Andy Sidaris. É o tipo de filme que te faz perguntar: "Como um título que mistura arte com ação deu origem a uma explosão de tiros, mulheres lindas, gadgets bizarros e tramas que desafiam qualquer lógica?" E a resposta, claro, é simples: bem vindo ao mundo maravilhoso e extravagante de Andy Sidaris, onde a arte do exagero é levada a sério!
Vamos ao filme que começa com o assassinato de um espião internacional chamado "Picasso Trigger", e logo você percebe que este filme não está nem aí para sutilezas. Depois de uma cena que envolve uma explosão de arte literalmente, uma explosão relacionada à pintura, somos apresentados ao nosso grupo de heróis, agentes secretos que, aparentemente, saíram diretamente de um catálogo de moda dos anos 80. Eles são convocados para investigar a morte de "Picasso Trigger" e, ao mesmo tempo, impedir uma série de assassinatos planejados pelo vilão Miguel Ortiz (que, aliás, tem uma barba vilanesca digna de novela mexicana).
Os nossos bravos agentes secretos são um grupo eclético, liderados por Travis Abilene (Steve Bond), que é a personificação do "herói de ação genérico dos anos 80". Ele fala pouco, atira muito e, claro, faz isso tudo sem jamais desarrumar o cabelo ou suar a camisa. Ao lado dele está um time que parece mais um desfile de moda da Victoria's Secret do que uma agência de espionagem. Mulheres belíssimas, com pouquíssima roupa, mais bem equipadas que James Bond e que disparam tiros e dizem frases de efeito com a mesma facilidade.
A trama, no entanto, é apenas um pretexto para Sidaris fazer o que ele faz de melhor: misturar tiroteios absurdos, mulheres sedutoras, cenas de explosões e gadgets que parecem ter saído de uma loja de bugigangas. Se você está esperando uma história coesa e cheia de reviravoltas inteligentes... bom, esse filme não é para você. Aqui, a narrativa é apenas o pano de fundo para cenas memoráveis que beiram o ridículo, mas de uma forma absolutamente divertida.
Vamos falar desse elenco que nada mais é que o mesmíssimo estilo a lá Sidaris:. O foco não é tanto na atuação, mas em como cada personagem consegue ser mais esteticamente deslumbrante que o outro, enquanto participa de perseguições insanas e lutas impossíveis. Ou seja, mulheres gostosas e homens sarados!
Temos Donna Hamilton (interpretada pela musa do Sidaris, Dona Speir), que atira com uma precisão cirúrgica enquanto desfila em maiôs e biquínis. Ela é a heroína durona, mas também é parte de um estranho equilíbrio entre ser uma agente mortal e uma modelo que acabou de sair de um editorial de praia. Sua parceira, Taryn Kendall (Hope Marie Carlton), completa a dupla dinâmica e igualmente estilosa. Juntas, elas enfrentam terroristas com bazucas, granadas e muita atitude, tudo isso enquanto parecem prontas para um ensaio fotográfico.
Travis Abilene, por sua vez, é aquele tipo de espião galã que parece que estava tirando uma soneca entre missões e de repente se viu envolvido em uma operação internacional. Sua habilidade com armas é invejável, e ele tem um charme tão natural quanto suas camisas abertas ao vento. Ele é o típico protagonista de ação: durão, silencioso, mas com uma inexplicável tendência a se envolver com as mulheres mais lindas da trama.
E claro, não podemos esquecer o vilão Miguel Ortiz (Rodrigo Obregon), que tem todo o pacote do antagonista perfeito dos filmes de Sidaris: sorrisos maliciosos, um sotaque levemente exagerado e um plano de vingança complicado que, no fundo, só serve como desculpa para explodir algumas coisas e tentar matar os mocinhos de maneiras que seriam risíveis em qualquer outra franquia.
Temos ainda uma participação especial do Dennis Alexio. Por nome não sabem quem é? Bem, ele é multi campeão de kickboxer com um impressionante cartel de 68 vitórias (63 por nocautes) e apenas 2 derrotas, uma delas para Don "The Dragon" Wilson. Não ajudou muito? Alexio foi o irmão do Van Damme no filme "Kickboxer" de 1989.
Falando um pouco das armas, essas são um caso à parte. Nada é simples. Não temos pistolas comuns ou rifles modestos. Aqui, tudo precisa ser chamativo, desde bazucas gigantescas até armas escondidas em lugares completamente improváveis (inclusive em uma prancha de surfe!). Os tiroteios são longos e cheios de dublês voando pelos ares com uma quantidade ridícula de sangue falso. Os agentes secretos parecem ter estoque ilimitado de balas e explosivos, e nenhum deles jamais se preocupa com recarregar uma arma.
Além disso, há gadgets que fariam o Q de James Bond rir de nervoso. Destaque para uma arma de pulso com lasers, que parece saída diretamente de uma loja de brinquedos dos anos 80. É tudo exagerado de uma maneira deliciosamente descompromissada.
E o que seria de um filme de Sidaris sem os cenários ensolarados e os figurinos absurdamente pequenos? O filme se passa em locais paradisíacos, com praias, mansões e iates de luxo, o que faz com que cada cena pareça uma propaganda de férias tropicais. E os personagens, é claro, estão sempre prontos para mergulhar, bronzear-se ou lutar contra terroristas, tudo enquanto exibem seus corpos esculturais em trajes de banho.
O figurino é um espetáculo à parte: maiôs cavados, biquínis minúsculos e, claro, as clássicas jaquetas de couro que parecem ser obrigatórias em qualquer filme de espionagem dos anos 80. Não importa a situação, todos parecem estar sempre prontos para participar de um desfile de moda, mesmo que haja tiros e explosões por todos os lados.
PICASSO TRIGGER é tudo que se espera do Sidaris: ação sem limites, personagens ridiculamente atraentes, explosões gratuita, e um enredo tão complexo quando uma história infantil. É como se James Bond encontrasse "Baywatch" em uma rave dos anos 80.
O bacana do filme ainda, é o plot twist no final, algo diferente se tratando do universo Sidaris. Se o que você quer é uma hora e meia de puro entretenimento, risadas involuntárias e cenas de ação tão exageradas que beiram o cômico, então você está no lugar certo. Andy Sidaris sabia exatamente o que estava fazendo, e PICASSO TRIGGER é um tributo à sua genialidade peculiar. E falando no Sidaris, não esqueçam de sua aparição no filme!
Se você já se perguntou como seria misturar uma novela cheia de personagens malucos com cenas de ação de um filme de espionagem, o clima ensolarado do Havaí, e uma cobra mutante radioativa, a resposta está aqui: HARD TICKET TO HAWAII. Esse épico trash de Andy Sidaris é uma verdadeira obra prima do entretenimento, um filme que transcende o conceito de roteiro lógico e entrega uma montanha russa de absurdos que vai fazer você rir, se espantar e questionar suas escolhas de filme, mas de um jeito incrivelmente divertido!
Mas antes de começarmos, já sabem quem é o Andy Sidaris? Não? Então cliquem aqui, onde eu falo dele.
Voltando ao filme, somos apresentados a Donna e Taryn (Dona Speir e Hope Marie Carlton), agentes secretas que trabalham disfarçadas como pilotos de avião. Sim, porque aparentemente, no universo de HARD TICKET TO HAWAII, o principal disfarce de um espião é pilotar uma aeronave em uma ilha paradisíaca. O trabalho delas consiste em transportar qualquer coisa, de passageiros a, veja bem, cobras mutantes altamente perigosas que escaparam do controle! E aí está o primeiro de muitos absurdos: a história começa a girar em torno de um diamante contrabandeado e uma cobra geneticamente alterada e super perigosa que acaba à solta. Ah, e ela está infectada com uma praga mortal. Tudo normal até aqui, certo?
O problema, claro, é que o contrabando de diamantes e a cobra mortal se entrelaçam de uma maneira que só HARD TICKET TO HAWAII poderia imaginar. As duas heroínas, apesar de estarem armadas até os dentes e claramente aptas para derrotar vilões, estão, em boa parte do filme, ou em trajes de banho, ou protagonizando cenas de ação completamente sem sentido, como quando atiram em uma boneca inflável com uma bazuca. Sim, eu disse bazuca. Aliás, essa arma parece ser o recurso favorito dos personagens, não importa se o alvo é um bandido perigoso ou, de novo, uma boneca inflável voadora. Tudo merece uma explosão épica no universo de Sidaris!!
Agora, vamos falar de Rowdy Abilene (Ronn Moss), o "galã" de cabelo esvoaçante e músculos de novela. Com um nome como Rowdy, você espera que ele seja um herói de ação imbatível, mas ele é surpreendentemente incompetente na maior parte do tempo, inclusive em suas habilidades com armas de fogo. Sua pontaria? Horrível. Mas sua habilidade com nunchakus feitos de latas de cerveja? Impecável! O que não faz o menor sentido, mas Sidaris não está preocupado com sentido, apenas com diversão.
Donna e Taryn são as protagonistas femininas que, apesar de serem agentes secretas, passam mais tempo em poses sensuais do que realmente resolvendo o conflito central. Elas enfrentam os vilões de forma decidida, mas sempre com aquele toque de "estamos em um ensaio fotográfico de biquíni". E é claro que o filme as coloca em cenas completamente aleatórias, como quando Taryn enfrenta um assassino enquanto anda de patins, em uma das lutas mais sem nexo já vistas.
E temos vilões também! Afinal, é um filme do Andy Sidaris! O chefão do contrabando de diamantes é daquelas figuras genéricas, sem qualquer motivação clara além de fazer cara de mal. No entanto, ele tem capangas bem peculiares, incluindo um homem que usa um skate como arma mortal, equipado com uma metralhadora! Não vamos esquecer que, no meio disso tudo, ainda há uma cobra mutante radioativa à solta, que aparece em cenas tão aleatórias que você se pergunta se o roteirista esqueceu que ela deveria estar no filme e só a colocou lá por acaso.
As cenas de ação são o ponto alto do filme, mas não pelos motivos convencionais. Elas são tão absurdas e mal coreografadas que acabam se tornando hilárias. A cena mais famosa é, sem dúvida, quando Rowdy derruba um vilão que andava de skate com, adivinhe, uma bazuca!!! Sim, ele atira com uma bazuca em um sujeito com um skate. Melhor ainda, a sequência envolve um boneco inflável usado como distração antes do tiro final. A quantidade de explosões desnecessárias neste filme é digna de um prêmio à parte. As vezes podemos pensar que estamos vendo um filme da Troma
O filme também entrega tiroteios que desafiam qualquer senso de realidade. Ninguém, absolutamente ninguém, tem uma pontaria decente, exceto quando estão mirando em objetos inanimados ou tentando causar a maior explosão possível.
Se você achou que os vilões humanos eram bizarros, espere até ver a cobra. Por algum motivo, essa criatura geneticamente alterada e radioativa parece ser uma ameaça maior do que o cartel de drogas. Ela ataca do nada, surgindo em locais inesperados como banheiros e furgões e suas aparições são tão ridiculamente inseridas na história que você se pergunta se o Sidaris colocou essas cenas como um teste de atenção do público. Cada vez que a cobra surge, o filme atinge novos níveis de estranheza.
HARD TICKET TO HAWAII é o exemplo perfeito do que acontece quando um diretor está 100% comprometido com o exagero e 0% preocupado com lógica. Se você ama filmes que desafiam sua noção de normalidade (Velozes & Furiosos?), que fazem você rir pelas razões mais bizarras e que são tão absurdos que se tornam irresistíveis, este é o filme para você.
A combinação de cenários tropicais, diálogos ridiculamente engraçados, cenas de ação mal coreografadas e efeitos especiais que parecem ter sido feitos no quintal de alguém torna este filme uma experiência única. É um clássico cult que, contra todas as probabilidades, ganhou um lugar no coração de fãs do cinema trash.
Prepare-se para gritar de rir, se questionar o que acabou de ver, e agradecer por ter entrado no mundo insano de HARD TICKET TO HAWAII. Não é apenas um filme, é uma aventura insana e hilária que faz cada segundo valer a pena!
Apesar de no geral os filmes do Sidaris serem "todos iguais", com uma pitada de diferença aqui e ali, particularmente achei ainda mais divertido o Malibu Express, mas é apenas questão de opinião. Lembrando que o Sidaris também aparece por aqui, mas nesse está até mais fácil de encontrar.
Malibu Express, dirigido por Andy Sidaris, é um dos clássicos do "cinema B" dos anos 80 que leva o conceito de ação exagerada a um nível completamente novo. O filme é uma mistura absurda de espionagem, corridas de carros, tiroteios, e, claro, uma boa dose de mulheres em biquínis. Se você está procurando por um filme de trama complexa e atuações dignas de Oscar, já vou avisando: você veio ao lugar errado. Agora, se o seu objetivo é se divertir com algo deliciosamente cafona e recheado de clichês, esse filme é pura diversão.
Mas pera aí? Não conhece Andy Sidaris? Tudo bem, é a primeira vez que trago aqui. Ele foi um diretor e produtor de filmes norte-americano, famoso por seus filmes de ação de baixo orçamento, especialmente durante as décadas de 1980 e 1990. Nasceu em 20 de fevereiro de 1931, em Chicago, Illinois, falecendo em 7 de março de 2007. Sidaris começou sua carreira na televisão, onde dirigiu esportes e eventos, incluindo a cobertura das Olimpíadas e eventos da NFL. Ele chegou a ganhar um prêmio Emmy por seu trabalho como diretor de transmissões esportivas.
No entanto, Sidaris ficou mais conhecido por seus filmes de ação, que ele próprio classificava como "Triple B" ("Bullets, Bombs and Babes" ou "Balas, Bombas e Garotas"). Esses filmes, que misturavam cenas de ação explosivas com personagens femininas gostosas e armadas, tornaram-se uma marca registrada de sua carreira no cinema. Entre os filmes mais populares de Sidaris estão "Malibu Express" (1985), "Hard Ticket to Hawaii" (1987), e "Picasso Trigger" (1988). Esses filmes geralmente eram estrelados por modelos da Playboy ou ex-misses, seguindo uma fórmula que misturava ação, espionagem, e uma boa dose de sensualidade.
Sidaris também foi pioneiro no estilo de filmagem conhecido como "honey shot", uma técnica usada durante transmissões esportivas para captar imagens de mulheres bonitas no meio da multidão, o que também influenciou seu estilo de direção nos filmes. Apesar de não ter sido aclamado pela crítica, Andy Sidaris construiu uma base de fãs fiel no gênero "cinema B", e seus filmes continuam a ser apreciados como cult pelos fãs de filmes de ação exagerada e entretenimento com mulheres bonitas. Sim, seus filmes tem muitas mulheres bonitas (e peladas!!!).
MALIBU EXPRESS faz parte do chamado "Triple B" de Sidaris (citado anteriormente), que é uma série de 12 filmes que fazem parte do mesmo universo de agentes da DEA no Havaí e futuramente com os agentes secretos da L.E.T.H.A.L. "Legion to Ensure Total Harmony and Law" (numa tradução livre seria "Legião para Garantir Harmonia Total e Lei"). Não necessariamente os filmes são continuações, até porque tem atores que chegam a fazer papeis diferentes, então nem de bola para isso. MALIBU EXPRESS é o primeiro desse "Universo Expandido de Sidaris". Chupa Marvel!
Tirando o "Enemy Gold" e "The Dallas Connection" que foram dirigidos por Christian Drew Sidaris, filho de Sidaris, todos os demais foram dirigidos pelo mestre.
Vamos ao filme, o herói dessa ópera de testosterona e tiroteios é Cody Abilene (interpretado por Darby Hinton), um detetive particular cuja principal característica é ser incrivelmente charmoso, mas lamentavelmente péssimo com armas de fogo. Quando cito "péssimo", não estou exagerando. Em uma época onde heróis de filmes de ação são basicamente máquinas de matar, Cody não consegue acertar um alvo nem a curta distância. E é isso que o torna tão divertido! Ele sabe disso, mas seu charme e carisma fazem com que, de alguma forma, sempre se safe. O fato de ele viver numa luxuosa casa flutuante em Malibu só adiciona ao seu estilo de vida "cowboy da praia".
Cody é contratado para investigar uma rica e suspeita família que pode estar envolvida em um escândalo de espionagem. A trama central envolve um esquema em que segredos do governo estão sendo vendidos para os russos. Sim, os vilões da Guerra Fria, sempre prontos para aparecerem como antagonistas perfeitos em qualquer enredo dos anos 80. O problema? Quase ninguém parece ser o que realmente é, e a investigação logo se transforma em um emaranhado de situações ridículas que incluem assassinatos, perseguições e traições.
Cody é contratado por uma misteriosa figura do governo, a Condessa Luciana (Sybil Danning), que o coloca no encalço da família Chamberlain, um grupo de ricaços excêntricos. Entre os principais suspeitos estão Lady Lillian Chamberlain (Niki Dantine), a matriarca impiedosa e manipuladora, Stuart Chamberlain (Michael Andrews), um ricaço esquisitão, e Anita (Shelley Taylor Morgan), a sedutora esposa de Stuart, que parece ser a principal peça desse quebra-cabeça de intrigas.
Durante a investigação, Cody também conhece personagens bizarros, como Shane (Brett Clark), o mordomo ex presidiário, suas vizinhas Faye e May (Kimberly McArthur/
Barbara Edwards), interpretadas por ex playmates e, que estão sempre disponíveis para qualquer tipo de distração, além de claro a família Buffington, o pai P. L. (Abb Dickson), sua esposa Dooren (Busty O'Shea) e o filho maluco Bobo (Randy Rudy). O trio aparece para desafiar o herói numa corrida e sempre quando estão em tela é hilário.
Sidaris sabia que estava fazendo algo maior que a vida, então a cada cinco minutos temos uma cena que desafia a lógica, e muitos anos antes de "Velozes & Furiosos". Perseguições em carros esportivos, tiroteios com armas que parecem mais saídas de um filme de ficção científica do que de um caso de espionagem realista, e um Cody que, mesmo sem saber atirar, se mete em situações onde, claro, há armas por todos os lados.
Um dos pontos altos do filme é uma corrida de barco que acontece por entre ilhas, com Cody dirigindo sua lancha como se estivesse em um videogame de arcade. Há também as cenas de perseguições automobilísticas, onde o DeLorean de Cody brilha sob o sol da Califórnia, em pleno glamour dos anos 80. Mas o detalhe é que, mesmo com todos esses momentos “empolgantes”, há sempre um toque de humor. As cenas de luta são coreografadas de maneira tão tosca que parece que os personagens estão participando de um jogo de pega-pega.
Agora, seria impossível falar de um filme de Andy Sidaris sem mencionar o elemento que o tornou uma espécie de mestre do "cinema B": a sensualidade exagerada. O filme tem inúmeras cenas de nudez gratuita, geralmente envolvendo modelos da Playboy e estrelas de revistas masculinas, que fazem parte do elenco. As mulheres de MALIBU EXPRESS não são apenas coadjuvantes, mas quase uma parte fundamental da "trama", seja distraindo Cody com banhos de sol na piscina, ou se envolvendo em cenas de sedução dignas de um videoclipe dos anos 80.
As cenas de erotismo, no entanto, nunca são realmente explícitas ou vulgares. Elas parecem estar ali mais para sublinhar a estética exagerada do filme do que para chocar ou provocar. Sidaris sabia como usar isso a seu favor, fazendo com que esses momentos se tornassem quase satíricos, como se o filme estivesse piscando para o público a cada cena de biquíni.
É impossível assistir MALIBU EXPRESS e não ser imediatamente transportado para o auge dos anos 80. As roupas (muito neon, maiôs cavados, blusas justas e calças com cintura alta), os cabelos (todo mundo com um mullet estilizado ou cachos volumosos), e a trilha sonora sintetizada criam um clima tão icônico que você pode quase sentir o cheiro de laquê e fita cassete no ar. O filme, anda anos 80, cheira anos 80, tem aparência anos 80...
Tudo no filme é um exagero visual: das mansões luxuosas em Malibu às corridas de carros, barcos e helicópteros. E isso tudo, é claro, filmado com aquele charme amador de uma produção de baixo orçamento. O filme não tenta esconder que é uma produção barata, e Sidaris abraça essa simplicidade, elevando o charme da coisa toda.
MALIBU EXPRESS é uma explosão de exageros, desde a trama simplória e maluca, até as personagens voluptuosas e as cenas de ação inverossímeis. O filme entrega exatamente o que promete: um entretenimento despreocupado, com tiroteios sem fim, personagens caricatos, e uma boa dose de humor involuntário. Andy Sidaris sabia como misturar ação, erotismo e comédia de uma maneira que se tornou única. Se você está no clima para assistir a algo que desafia a lógica e abraça todos os clichês possíveis dos filmes de ação dos anos 80, este aqui vai te proporcionar uma sessão de risadas, surpresas e momentos absurdos que só o cinema B dessa época poderia oferecer. Ah sim, já ia me esquecendo, Sidaris faz uma pequena aparição.