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18 fevereiro 2025

Monster Brawl

A batalha definitiva dos monstros!!!


Imagine como seria reunir diversos monstros para lutas mortais para definir quem é o melhor na porrada? Esse é MONSTER BRAWL, um divertido filme de comédia para assistir com os amigos! 

O filme começa com uma atmosfera que tenta ser sombria e misteriosa, mas rapidamente descamba para o ridículo. Um cemitério abandonado serve de palco para um ringue de luta, onde monstros de todas as formas e tamanhos vão se enfrentar. O cenário é tão brega que chega a ser charmoso, com neblina artificial, iluminação dramática e um público... bem, na verdade, não há público. Só os narradores e os monstros, o que torna tudo ainda mais engraçado.

Dave Foley (o locutor) e Art Hindle (o comentarista) são a cereja do bolo desse filme. Eles narram as lutas como se estivessem cobrindo um evento esportivo de alto nível, com piadas, comentários sarcásticos e um entusiasmo que beira o absurdo. Em um momento, eles discutem se um monstro está "tecnicamente morto" ou só "um pouco morto". É como assistir a um jogo de futebol, mas com múmias e zumbis no lugar dos jogadores.


Os monstros são divididos em duas categorias: "Criados" (aqueles que foram feitos pelo homem, como Frankenstein) e "Malditos" (os que foram amaldiçoados, como lobisomens e zumbis). Cada um tem uma entrada triunfal, com direito a música dramática e poses que parecem saídas de um catálogo de fantasias de Halloween, ao melhor estilo WWE. Vamos conhecer alguns dos "competidores":

Frankenstein (ou "Frank"): O clássico monstro de peças humanas costuradas, mas aqui ele parece mais um halterofilista que exagerou no bronzeamento artificial. Ele é forte, bruto e... bem, não é exatamente um gênio. Interpretado por Robert Maillet.

Vampira (ou "Lady Vampire"): A versão feminina do Frank, com um visual que mistura "pin-up" dos anos 50 e cirurgia plástica malfeita. Ela luta com uma combinação de golpes brutais e pose de modelo. Interpretada por Kelly Couture.

O Lobisomem (ou "Werewolf"): Um lobisomem raivoso que parece ter saído de uma academia de crossfit. Ele é ágil, feroz e tem um olhar que diz: "Eu malhei hoje, e você vai pagar por isso."

A Múmia ("Mummy"): A múmia é, sem dúvida, a mais patética do filme. Ela se move devagar, parece estar sempre desmoronando e tem um visual que lembra mais um rolo de papel higiênico usado do que uma criatura assustadora. Lembra aquela do episódio do "Chapolin". Interpretado por RJ Skinner.

A Bruxa Vadia ("Witch Bitch"): Sim, esse é o nome dela. Ela é uma bruxa com atitude, que usa magia (ou algo parecido) para lutar. Seu visual é uma mistura de gótica com vendedora de uma loja de especiarias. Interpretada por Holly Letkeman.

O Zumbi ("Zombie Man"): Um zumbi clássico, lento e desengonçado, mas com uma resistência impressionante. Ele é o tipo de cara que não desiste, mesmo quando está perdendo pedaços. Interpretado por Rico Montana.

O Ciclope (ou "Cyclops"): Um gigante de um olho só que parece ter saído de um filme de fantasia do 
Ed Wood. Ele é forte e está a quilômetros de distância de ser inteligente.

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As lutas são o coração do filme, e elas são tão exageradas que chegam a ser poéticas. Cada monstro tem seu estilo de luta, e os golpes são acompanhados por efeitos sonoros que parecem saídos de um desenho animado. E bem, tenho que citar algumas, não vou me segurar:



Frankenstein vs. Zumbi: Uma luta entre força bruta e resistência infinita. O zumbi perde alguns membros, mas continua lutando, porque, bem, ele é um zumbi.

Lobisomem vs. Múmia: Uma luta entre velocidade e... lentidão extrema. A múmia tenta enrolar o lobisomem em suas faixas, mas ele é rápido demais. No final, a múmia acaba desmoronando, literalmente.

Bruxa vs. Ciclope: Uma batalha entre magia e força bruta. A bruxa lança feitiços que parecem mais fogos de artifício do que magia, enquanto o ciclope tenta esmagá-la com suas mãos gigantes.


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O legal de cada luta, é que antes dela tem as apresentações com a ficha técnica de cada lutador, como país, idade, altura, peso e até o cartel. É muito profissionalismo! Os efeitos especiais são tão ruins que são bons. O sangue parece ketchup, as feridas parecem feitas de papel machê, e os monstros parecem saídos de uma loja de fantasias. Mas é justamente essa falta de sofisticação que torna o filme tão divertido. É como assistir a uma peça de teatro de escola, mas com monstros e muito mais violência.


Nem precisa falar que o filme não se leva a sério, e é aí que ele brilha. Os narradores fazem piadas o tempo todo, os monstros têm personalidades exageradas, e as lutas são tão absurdas que você não pode deixar de rir. Em um momento, um narrador comenta: "Ele está morto? Ou só morto de mentirinha?" É esse tipo de humor sem graça que torna o filme tão engraçado, apesar dessa frase não fazer muito sentido.

A direção ficou a cargo de Jesse Thomas Cook, um canadense especializado em filmes de terror. Residente em Collingwood, Ontário, ele e sua esposa, Liv Collins, fundaram em 2018 a Collingwood Film Co., dedicada à produção de filmes independentes de terror na região de Simcoe County, trabalhando predominantemente com talentos e artesãos locais. 


Antes disso, Cook foi parceiro de John Geddes e Matt Wiele na Foresight Features, uma produtora focada em filmes de terror. Desde 2008, ele dirigiu e produziu 15 longas-metragens, que receberam prêmios em festivais como Fantastic Fest e Fantasia, além de sete indicações ao Canadian Screen Award. Entre seus trabalhos notáveis além de MONSTER BRAWL estão:


Septic Man (2013): um filme de terror sobre um trabalhador de esgoto que sofre uma transformação horrível após ficar preso em um tanque séptico durante uma crise de contaminação da água. 

The Hexecutioners (2015): um thriller que explora o tema da eutanásia em um futuro próximo.

Deadsight (2018): um filme de zumbis que presta homenagem a clássicos como "Night of the Living Dead" e aos videogames da série "Resident Evil".

Cult Hero (2022): uma comédia que satiriza a cultura dos cultos e seus líderes carismáticos.

Cook é reconhecido por sua abordagem prolífica e independente na produção cinematográfica, contribuindo significativamente para o cenário do cinema de terror canadense. 


Para quem conhece o mundo da Luta Livre, temos Jimmy Hart, um ex-manager e compositor de música de wrestling profissional, conhecido por seu trabalho na WWE e WCW. Apelidado de "The Mouth of the South", ele gerenciou lendas como Hulk Hogan e The Hart Foundation. Também ficou famoso por seu megafone e sua personalidade extravagante. Além do wrestling, compôs temas icônicos para lutadores. Aqui fazendo ele mesmo.

Temos ainda Herb Dean, famoso arbitro de MMA, principalmente do evento do UFC e também fazendo si mesmo.


O mais famoso do filme não aparece, é Lance Henriksen, ator americano conhecido por seus papéis em filmes de terror e ficção científica. Ganhou destaque como Bishop na franquia "Alien" e estrelou "Pumpkinhead". Também atuou na série "Millennium" e em diversos filmes de ação e suspense. Sua voz marcante e presença intensa o tornaram um ícone do gênero. Aqui ele é o narrador.

MONSTER BRAWL é o tipo de filme que você assiste com amigos, muita pipoca e zero expectativas. É ruim, mas é ruim de um jeito que te faz rir e se divertir. Se você gosta de filmes trash, monstros clássicos e lutas completamente absurdas, esse é o seu prato cheio.

E aí, pronto para entrar no ringue com esses monstros? 

Trailer


Monster Brawl
Canadá
2011 - 90 minutos

Direção:
Jesse Thomas Cook

Elenco:
Lance Henriksen (Narrador)
Jimmy Hart (ele mesmo)
Herb Dean (ele mesmo)
Dave Foley (Buzz Chambers)
Art Hindle ("Sasquatch" Sid Tucker)
Robert Maillet (Frankenstein)
Jason David Brown (Ciclope)
Kelly Couture (Lady Vampira)
Rico Montana (Zumbi)
Holly Letkeman (Bruxa Vadia)

Download (versão legendada)

Do básico ao avançado Adobe Premiere

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11 fevereiro 2025

Folies Meurtrières

É tão ruim, mas tão ruim, que é ruim! (Mas é bom!)


Lançado em 1984, FOLIES MEURTRIERES é um filme slasher francês que se destaca não apenas por sua proposta de terror, mas também por sua estética peculiar e momentos que beiram o bizarro de ruim. Dirigido por Antoine Pellissier, o filme é uma verdadeira viagem ao mundo do horror de baixo orçamento, onde a violência e o humor se entrelaçam de maneiras inesperadas. É tão baixo orçamento que essa capa assusta de tão ruim, mas que pode levar a se pensar que veremos um slasher dos mais violentos... Então...

Imagine que você está numa festa onde alguém tenta contar uma história de terror, mas desiste no meio e decide só gritar "SANGUE!" e jogar ketchup nas paredes. Isso é FOLIES MEURTRIERES. Não há uma narrativa convencional, mas sim uma sucessão de cenas desconexas onde um assassino mascarado persegue e mata suas vítimas de formas brutais, enquanto a câmera parece estar em um constante estado de crise existencial.



O assassino não tem nome, história ou motivação (quem precisa disso, afinal?). Ele é apenas... o assassino. Ele mata porque... pode. E suas vítimas? Pobres almas que estavam no lugar errado, na hora errada. O "enredo" é mais uma desculpa para mostrar os assassinatos em si, o que nos leva ao próximo ponto...

Os (d)efeitos especiais se destaca pelo uso generoso de sangue falso e maquiagem grotesca. Cabeças são cortadas, tripas são expostas, e tudo é filmado de um jeito que faz você pensar: "Será que isso foi feito com um orçamento menor do que meu almoço no bandejão comunitário?"



Se a câmera fosse uma pessoa, ela seria aquele amigo bêbado que insiste em tirar fotos, mas sempre corta as cabeças das pessoas. Os ângulos são estranhos, os zooms são abruptos, e muitas vezes você se pergunta: "O que exatamente eu estou vendo aqui"? Fico me perguntando, será que esse cara recebeu alguma coisa para filmar? Se foi umas duas cervejas e um croque-monsieur eu até acredito.

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E o que falar da trilha sonora? Prepare-se para uma combinação estranha de sintetizadores irritantes e silêncios constrangedores. A música, se é que podemos chamá-la assim, parece ter sido composta por alguém que acabou de descobrir como usar um teclado Casio. Pode ter sido o filho de 8 anos do diretor que fez e recebeu uns doces como pagamento. Mas, de alguma forma, isso só contribui para o caráter absurdo e hipnotizante do filme.



FOLIES MEURTRIERES é o tipo de filme que tenta ser aterrorizante, mas acaba sendo hilário, típico FILMELIXO. As atuações são tão exageradas que você quase sente vontade de aplaudir os atores por sua dedicação ao absurdo. Há algo de incrivelmente cômico em assistir a uma vítima gritar por três minutos enquanto claramente espera o assassino se preparar para o golpe final. Essa estética amadora é, paradoxalmente, o charme do filme, pois ele é apenas um festival caótico de violência estilizada e experimentalismo.

Essa porcaria não é para todo mundo. Na verdade, ele é para pouquíssimas pessoas. É um filme que exige paciência, uma certa dose de masoquismo e, acima de tudo, um senso de humor peculiar, até mesmo para os fãs de horror experimental e do cinema trash. De qualquer maneira é uma pequena joia ensanguentada que merece ser descoberta. Seu defeito? Ter apenas 45 minutos, com essa qualidade deveria ter pelo menos umas duas horas!!!



Sobre o diretor, segundo o IMDB, ele tem esse filme, um curta e um tal de "Maleficia" de 1998.

Por curiosidade, "Folies Meurtrières" significa "Loucuras Assassinas" em françês. Legendado por FILMELIXO, perdi mais alguns neurônios fazendo isso. E se eu assisti, vocês são obrigados a assistir!!!

Trailer (não tem)

Folies Meurtrières
França
1984 - 45 minutos

Direção:
Antoine Pellissier

Elenco:
Não sei quem é quem e nem o IMDB sabe, mas quem se importa?
Todas estão com apenas esse filme no currículo. 
Elisabeth Carou 
Mireille Duruisseaud 
Marie-Pierre Fosse 
Jean-Pierre Fonzes 
Magali Bernard 
Carole Chapus 
Samya El Alaoui 
Isabelle Rebuffat

Download (versão legendada)

Do básico ao avançado Adobe Premiere

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