Google+

20 abril 2025

Geisha Assassin

Gueixa, espadas e muito sangue!


Lançado em 2008 e dirigido por Gô Ohara, GEISHA ASSASSIN é uma verdadeira joia do cinema de ação japonês que combina elementos de artes marciais com a estética das gueixas. Prepare-se para uma aventura repleta de lutas épicas, reviravoltas absurdas e um toque de humor involuntário!

A história gira em torno de Kotono (Minami Tsukui), uma geisha que, após testemunhar o assassinato de seu pai por um samurai, decide que é hora de pegar sua katana e partir para a vingança. O que se segue é uma sequência interminável de batalhas contra uma variedade de inimigos, incluindo samurais, ninjas e até mesmo um monge! A trama é tão simples que você pode resumir em uma frase: "Uma geisha com sede de vingança enfrenta uma fila de vilões em duelos insanos". E se você acha que isso já é louco o suficiente, espere que eu mal comecei!


O filme é praticamente um desfile de lutas coreografadas que parecem ter sido tiradas diretamente de um jogo de videogame. Cada batalha é mais exagerada que a anterior, com Kotono desferindo golpes como se estivesse em um torneio de kung fu. A produção pode ser considerada de baixo orçamento, mas a energia e a paixão dos realizadores são palpáveis. As sequências são tão frenéticas que você pode acabar rindo involuntariamente ao ver Kotono derrotar adversários com movimentos acrobáticos dignos de super-heróis.

Os vilões são uma coleção divertida de estereótipos: temos o samurai implacável, os ninjas sorrateiros (que aparecem apenas nos primeiros 20 minutos, mas fazem uma entrada triunfal), e até uma mulher indígena com arco e flecha. Cada personagem traz sua própria dose de absurdidade para a tela. E claro, Kotono não é apenas uma geisha; ela é uma guerreira com habilidades extraordinárias! Quem diria que as gueixas poderiam ser tão letais?


Um dos grandes mistérios do filme é de onde sai tanta gente pra lutar com a Kotono. Ela dá três passos e PUM! Aparecem dois ninjas que estavam claramente escondidos atrás de uma planta. Anda mais um pouco e PLOC! Surge um samurai que brota do teto como se fosse item bônus de videogame. Esses figurantes seguem a lógica do teatro kabuki com orçamento da feira da madrugada. Muitos entram, fazem pose dramática, soltam um grito que parece ensaio de karaokê desafinado e morrem em seguida, muitas vezes com um corte no ar que nem encosta neles. É quase um balé do constrangimento.

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Pausa para a dica de armazenamento, está precisando de espaço na nuvem?
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

A música de fundo alterna entre "tema épico de guerra" e "tecno-japonês feito num Nokia tijolão". Em alguns momentos, parece que a trilha foi colocada no improviso com um pendrive aleatório vendido em alguma sinaleira cheio de músicas royalty-free com nomes tipo "asia_beat_v3_FINAL.mp3". O contraste sonoro é tão aleatório que você espera uma cena de luta sangrenta e entra uma flautinha doce, ou então uma sequência emocional acompanhada por um breakbeat digno de rave em Osaka.

Embora GEISHA ASSASSIN não seja uma comédia (pelo menos eu acho), há momentos hilários que surgem da seriedade com que as cenas são tratadas. As expressões faciais exageradas dos personagens durante as lutas e os diálogos dramáticos criam um contraste cômico. É como se o filme estivesse ciente da sua própria ludicrous idade (falei bonito agora) e decidisse abraçá-la.


É o tipo de filme que faz você repensar seu tempo livre… e continuar assistindo, porque é divertidamente ruim. Ele mistura cultura japonesa com violência estilizada e um roteiro mais raso que banho de gato. Mas é aí que mora o charme! Se você gosta de ver geishas metendo a porrada com elegância, sangue falso em quantidade de filme de zumbi, e atuações que variam entre “robô” e “telenovela samurai”, então essa obra-prima é pra você. 

Visualmente, o filme tem um charme peculiar. A cinematografia apresenta cores vibrantes e iluminação estilizada que dão vida às cenas de luta. Apesar do orçamento limitado, a direção criativa faz com que cada batalha pareça grandiosa. E quem não amaria ver uma geisha lutando em trajes tradicionais enquanto desfere golpes mortais? 


O cara por trás de, é tipo aquele amigo doido que mistura energético com saquê e ainda sai fazendo malabarismo com katanas no meio da balada. Diretor, coreógrafo de ação e, acima de tudo, um verdadeiro apaixonado por lutas insanas, sangue em spray e personagens que falam como se estivessem sempre no palco de um teatro samurai. Takashi Miike é você? Não!!!! É Go Ohara!!!


Ele começou sua carreira como coordenador de cenas de ação, e isso faz todo sentido. Ele claramente manja de porrada coreografada e mesmo que o roteiro esteja mais furado que armadura de figurante, as lutas nos filmes dele têm aquele "quê" de anime live action, misturando estilo, exagero e efeitos sonoros que parecem saídos de um fliperama dos anos 90.


Além desse, ele também dirigiu outras obras igualmente caóticas e maravilhosas, tipo: 
"Gothic & Lolita Psycho" de 2010, onde uma garota vestida de lolita decepa membros com uma serra elétrica com o mesmo entusiasmo que você corta bolo no aniversário e "Blood: The Last Vampire" de 2000 (na versão live action) ele trabalhou na equipe de ação, deixando sua marquinha de insanidade nas cenas de combate.

Ele tem um talento único pra transformar qualquer briga em um espetáculo teatral com gosto de sentai, onde cada vilão parece ter uma entrada triunfal e morre de forma épica, mesmo quando apareceu por 15 segundos. Os filmes de Go Ohara são um cruzamento entre anime shonen, jogo beat 'em up, e teatro kabuki pós-apocalíptico. Ele bebe da fonte de diretores como Takashi Miike, mas tira um pouco do absurdo nojento e coloca mais estilo e agilidade nas cenas, que é seu toque pessoal.


Ou seja: se você quer profundidade dramática, vai procurar Kurosawa. Mas se você quer ver uma lolita ensanguentada dar voadora em um monge demoníaco, Go Ohara é seu diretor. É tipo o Michael Bay dos samurais alternativos: explosivo, exagerado, incoerente... e absolutamente divertido. Ele não tá aqui pra fazer cinema cult. Ele tá aqui pra colocar sangue em forma de jato e gente rodando no ar com trilha techno.

Entrevista Exclusiva com Go Ohara – "Gueixas, katanas e explosões de yakisoba"


FILMELIXO: Senhor Ohara, primeiro de tudo, obrigado por topar essa entrevista. GEISHA ASSASSIN virou um clássico aqui entre os amantes do bom e velho "filme-lutinha-com-sangue-em-quantidade-irresponsável". De onde veio a ideia desse filme?
Go Ohara: Eu tava num restaurante comendo um sushi quando olhei pra uma mulher vestida de quimono servindo chá. Do nada, imaginei ela pulando pela janela e enfrentando ninjas com uma katana flamejante. Aí pensei: "isso daria um bom filme". No dia seguinte, escrevi o roteiro inteiro em guardanapos.

FILMELIXO: Honesto e direto, adorei. Agora... a protagonista mata umas 48 pessoas antes do almoço. Você já pensou em colocar alguma "gueixa pacifista"? Só pra variar?
Go Ohara: Pensei, sim. Mas ela ia morrer nos primeiros 10 minutos. E a plateia ia dormir. Então decidi fazer com que toda gueixa no meu universo resolva conflitos como se estivesse num campeonato de espadachins movidos a cafeína.

FILMELIXO: Justo. E sobre a quantidade de sangue, existe uma medida técnica? Tipo, você calcula por litro? Balde?
Go Ohara: Existe sim. Eu uso a fórmula clássica do cinema japonês:  
Número de figurantes × intensidade do grito × absurdo da situação = quantidade de sangue em litros.  
Por exemplo: se um figurante leva uma facada no dedinho e voa 5 metros gritando “AIIIIIIIII!”, é no mínimo "3 litros de groselha cinematográfica".

FILMELIXO: Incrível. A trilha sonora de GEISHA ASSASSIN parece feita num teclado Casio possuído. Você participa da criação musical?
Go Ohara: Sim. Eu e meu primo DJ YakuzaBeats fazemos juntos. A gente mistura tambores japoneses com efeitos sonoros de fliperama e música de elevador. A ideia é confundir emocionalmente o espectador. E dar vontade de dançar no meio da luta.

FILMELIXO: Uma dúvida filosófica agora: você considera seus filmes como arte?
Go Ohara: Sim, claro. Arte abstrata. É como se Picasso tivesse assistido "Kill Bill" dublado, com febre, e decidido pintar com espadas. Meus filmes não são pra entender. São pra sentir. E sangrar um pouquinho também.

FILMELIXO: Última pergunta: tem planos pra "GEISHA ASSASSIN 2"?
Go Ohara: Já está em pré-produção. Vai ter:  
- Uma gueixa androide,  
- Um samurai zumbi do futuro,  
- E um duelo final em cima de um trem-bala em chamas, com trilha sonora de koto remixado com dubstep.
- Já tem pôster!

FILMELIXO: Senhoras e senhores… isso é cinema.


PS: Pessoal, essa entrevista são vozes da minha cabeça após ficar dias sem dormir devido a uso de substancias alucinógenas. Criei apenas para deixar o post mais divertido.

GEISHA ASSASSIN é uma experiência cinematográfica divertida e cheia de ação que não deve ser levada muito a sério. Se você está procurando um filme com lutas insanas, personagens excêntricos e um enredo simples, este filme é para você! Prepare-se para rir, torcer por Kotono e se perguntar como alguém conseguiu juntar tantas ideias malucas em um único filme. É uma verdadeira festa para os amantes do cinema cult, digo trash! 

Finalizando, se fosse resumir GEISHA ASSASSIN de uma forma mais simplória do mundo, é como se fosse "Kill Bill" da Índia com orçamento de algum filme perdido da Troma.

Trailer


Geisha Assassin
Japão 
2008 - 80 minutos

Direção:
Go Ohara

Elenco:
Minami Tsukui (Kotomi Yamabe)
Shigeru Kanai (Katagiri Hyo-e)
Nao Nagasawa (Kumiichi)
Taka Okubo (Toji)
Satoshi Hakuzen (Go-an)
Shuji Korimoto (Assassino)
Kaori Sakai (Ainu)

Download (versão legendada)

Do básico ao avançado Adobe Premiere

VEJA TAMBÉM

31 março 2025

Guns

Pólvora, silicone e muitas gostosas! Talvez não nessa ordem!


Andy Sidaris, o mago da metralhadora em slow motion e do casting de ex-coelhinhas da Playboy, nos brinda com mais uma obra-prima da tosquice: GUNS. O título já diz tudo. Tem armas. Muitas armas. Provavelmente mais do que roteiro. E isso é um elogio. A trama, se é que podemos usar essa palavra sem dar risada, gira em torno de um cartel de tráfico de armas liderado por um malvadão com cara de quem faz cosplay de vilão de novela mexicana. Do outro lado, uma equipe de agentes secretas que, por coincidência ou fetiche do diretor, parecem todas ter saído direto de um ensaio da "Penthouse" dos anos 80. E sim, elas lutam contra o crime... de biquíni. Alias, se você acompanha o FILMELIXO, é claro que já sabia disso!!!


Cada personagem tem profundidade emocional equivalente a um copo d’água derramado no deserto. Temos Donna Hamilton (Donna Speir), a espiã que faz acrobacias de salto alto, e Nicole Justin (Roberta Vasquez), que atira melhor do que atua, o que neste filme, é um elogio. O vilão principal, Kane (interpretado por um Erik Estrada que claramente está ali pelo cheque), tem planos malignos que envolvem explodir coisas aleatoriamente enquanto sorri com aquele olhar de "não sei por que aceitei isso, mas preciso pagar o aluguel".


Alias, falando no Estrada, ele atua como se estivesse num comercial de margarina, mesmo quando está ameaçando matar alguém. Seu personagem tem planos tão genéricos que dá vontade de sentar e conversar com ele: “Amigo, você realmente precisa explodir esse barco? Não dá pra conversar com as moças primeiro?”

Ele fala frases como se estivesse sempre prestes a vender um consórcio, com um sorrisinho que diz: “Eu sei que isso é uma porcaria, mas olha esse cheque”.


Sidaris claramente tinha aquele orçamento modesto como já sabemos e que deve ter gasto 90% dos recursos em dinamites. Aviões explodem, carros explodem, até as atuações parecem prestes a explodir de tanta tensão fingida. Em certo momento, uma vilã tenta matar alguém com uma cobra escondida numa câmera fotográfica. Isso mesmo. Uma cobra. Numa câmera. Fotográfica. O roteiro foi escrito, provavelmente, com uma garrafa de tequila do lado e a convicção de que "realismo é superestimado".

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Pausa para a dica de armazenamento, está precisando de espaço na nuvem?
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Aparentemente, o FBI dos filmes de Sidaris tem um código de vestimenta inspirado em "SOS Malibu (Baywatch)". Missões são executadas com o mínimo de tecido possível, o que certamente garante... distração do inimigo. Ou do público. Ou dos dois. Não há lógica, mas há estilo.


Os gadgets usados pelas agentes são uma mistura de "James Bond da Shopee" com "brinquedos quebrados dos anos 80". Tem um batom explosivo, uma mala que atira laser (?) e a já mencionada câmera que cospe COBRAS, que, por alguma razão, ninguém questiona como foi parar lá. Talvez elas tenham feito faculdade em Hogwarts, vai saber.

E o som dos computadores? Bipes aleatórios e telas verdes com gráficos que mais parecem o menu do Mega Drive hackeado.


As perseguições de carro são tão lentas que dá tempo de pedir uma pizza entre um corte e outro. Em uma cena, uma das espiãs atira num helicóptero... com uma pistola. O helicóptero explode como se tivesse uma bomba nuclear no tanque. A matemática de Sidaris: bala de 9mm + olhar sensual = destruição em massa.

Tem também o clássico “tiro de bazuca com peitos ao vento”, uma tradição no universo cinematográfico Sidarístico. E, honestamente, acho que o Oscar deveria ter uma categoria só pra isso.


GUNS é uma carta de amor ao absurdo. Um filme onde cada cena é uma mistura de pornô softcore com comercial de armamento, embrulhado num roteiro que parece ter sido escrito num guardanapo durante um churrasco. É como uma feira de armas montada num concurso de miss. É estúpido, exagerado, e completamente delicioso no que se propõe. É o tipo de filme que, se você assistir com uma cerveja na mão e o cérebro em modo avião, vira um espetáculo inesquecível de ação e vergonha alheia.


Assistir a esse filme é como mergulhar num mar de glitter radioativo: você sai confuso, encantado e levemente intoxicado. Mas acima de tudo, você sai divertido. Sidaris não faz cinema. Ele faz eventos cósmicos de mau gosto, ou melhor, bom gosto se tratando das atrizes 😍!!! E a gente agradece.

Já ia me esquecendo, temos ainda Danny Trejo!!!! Quer filme mais macho que esse???  Aqui, o nosso eterno cara de poucos amigos aparece bem novinho, mas já com aquela cara de quem nasceu aos 40 anos e passou a adolescência em uma briga de facas. Trejo interpreta um capanga do cartel, e mesmo com pouquíssimo tempo de tela, ele rouba a cena com a mesma intensidade que roubaria seu carro num beco mal iluminado.

Ele entra em ação com aquele jeitão de "vou te matar com uma faquinha de cortar pão e nem vou suar", e mesmo em meio a tanta bizarrice, é um dos poucos personagens que realmente parece perigoso. E olha que estamos falando de um filme onde uma cobra sai de uma câmera, então isso é um feito.


O mais engraçado é que, em comparação com o resto do elenco, modelos, atores de novela em decadência e figurantes com expressão de sono, Trejo parece um profissional perdido no set errado. Tipo: “Oi, gente… isso aqui não era um filme do Robert Rodriguez, não?”. Ele não fala muito, mas o visual já entrega tudo: sua cara de mal (porque ele é o único ali que não tá atuando como bandido, ele só é o bandido).


Se fosse pra refilmar GUNS hoje, Trejo teria virado o chefão da operação inteira, teria 30 minutos só dele matando gente com um abridor de latas, e provavelmente ganharia um spin-off chamado "Machete: Missão Biquíni Mortal".

Agora sim posso encerrar!

Trailer


Guns
Estados Unidos
1990 - 96 minutos

Direção:
Andy Sidaris

Elenco:
Erik Estrada (Juan Degas)
Dona Speir (Donna Hamilton)
Roberta Vasquez (Nicole Justin)
Bruce Penhall (Bruce Christian)
Cynthia Brimhall (Edy Stark)
William Bumiller (Lucas)
Devin DeVasquez (Cash)
Michael J. Shane (Shane Abilene)
Danny Trejo (Tong)

Download (versão legendada)

Do básico ao avançado Adobe Premiere

VEJA TAMBÉM