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25 janeiro 2025

The Amazing Bulk

Um das melhores cópias de Hulk!!! Falo sério, sempre falei!!! 😜


Imagine um filme onde todos os cenários parecem ter sido roubados de um CD-ROM educativo dos anos 90, os atores parecem estar ensaiando para um comercial de margarina e os efeitos especiais são tão precários que fariam o primeiro jogo do "E.T."  de Atari parecer "The Last of Us Parte 2" do Playstation 4. Bem vindo a THE AMAZING BULK, um filme que não apenas desafia as convenções do cinema, mas também a sua paciência. E é bom pra caralho!!! Ou não... 


O filme é basicamente um show de "fundo verde", nenhum cenário é real. Nenhum! As cenas se passam em fundos digitais tão toscos que fariam o PowerPoint de 2001 parecer cinematográfico. Quer uma perseguição emocionante de carro? Claro, eles te entregam algo que parece um joguinho de corrida feito no Flash. Quer uma cena romântica? Prepare-se para um piquenique em um parque que claramente é só uma foto de banco de imagens mal recortada. Cada "cenário" parece que foi criado por uma criança de 6 anos feita no Paint com um pagamento de chocolates e uma latinha de Coca-Cola. 

A "trama" (coloque muitas aspas aqui) acompanha o Dr. Henry Howard (Jordan Lawson), um cientista com habilidades tão impressionantes quanto a Gretchen fazendo filme pornô (sim, ela fez caso não saiba. E sim, é ruim, mas muito ruim). Ele trabalha em um projeto secreto para criar um soro que aumenta a força humana. Tudo parece ir bem ou pelo menos tão bem quanto pode ir em um filme onde a lógica não existe, até que ele decide testar o soro em si mesmo. Resultado? Ele se transforma no Bulk, um gigante roxo, desproporcional e que parece uma versão mutante do Teletubbie Tinky Winky depois de cair em um tanque de tinta roxa.



Hank tem uma namorada chamada Hannah (Shevaun Kastl), que parece estar presa em uma novela mexicana, constantemente chorando ou declarando seu amor de forma tão artificial que você quase acredita que ela está apaixonada por um boneco. E em filmes de super heróis é claro que teremos o vilão, aqui o Sr. Kantlove (Randal Malone)! Junto com sua esposa burrinha (Juliette Angeli), o casal tem como um dos prazeres lançar mísseis em monumentos pelo mundo, coisa pouca.

Após diversos fracassos com o projeto, Hank finalmente tem sucesso e se transforma no poderoso Bulk, um ser enorme e desengonçado onde ele não tem controle nenhum, matando inocentes pela cidade. Hank então é capturado pelo seu sogro, o General Darwin (Terence Lording), onde é descoberto que ele estava financiando o projeto para criar super humanos. Darwin dá uma missão a Hank, impedir que Kantlove destrua a lua, e somente Bulk pode impedir.



Bem, como era de se esperar, o verdadeiro destaque do filme é o próprio Bulk. Cada aparição dele é uma oportunidade de se maravilhar com o quão ruim pode ser a computação gráfica. Ele não anda, ele desliza pelo chão. Suas expressões faciais são inexistentes, o que é uma benção porque o modelo digital parece algo que um estudante do primeiro semestre de design gráfico faria em 15 minutos. Quando ele corre, você jura que está assistindo um daqueles desenhos animados onde as pernas giram como hélices. Um dos defeitos é ter pouco aparição na tela, então quando o vir, aproveite. 

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Pausa para a dica de armazenamento, está precisando de espaço na nuvem?
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THE AMAZING BULK foi criado para ser ruim, ele abraça sua incompetência com tanto entusiasmo que acaba se tornando cômico. Há momentos em que você não consegue acreditar que aquilo foi feito com seriedade. As transições de cena incluem cortes abruptos, e a trilha sonora dramática tenta convencer o espectador de que o que está acontecendo é épico, mas o que vemos na tela é um desastre hilário. As vezes, querer ser "trash" o resultado pode não sair como esperado, aqui, tem algumas cenas bem forçadas, mas é compensado pela trasheira dos cenários!!!



Esse troço foi dirigido por Lewis Schoenbrun, um nome que, no mínimo, desperta curiosidade e risadas nervosas entre os fãs de cinema de baixo custo. Este cineasta e editor norte-americano talvez seja mais conhecido como o responsável por esse filme mesmo. Antes de se aventurar na direção, Schoenbrun construiu uma carreira sólida como editor, trabalhando em diversas produções, principalmente em filmes de baixo orçamento e séries de TV. Seu trabalho como editor inclui filmes mais tradicionais que demonstram seu conhecimento técnico sobre montagem, mas nada poderia preparar o público para sua transição ao papel de diretor.  


Com THE AMAZING BULK, Schoenbrun estava pesquisando imagens geradas por computador para a produção de um horror de baixo orçamento mockbuster de Homem-Aranha sendo estrelado por uma protagonista feminina. Ao discutir com um produtor a idéia de fazer um filme de quadrinhos com grandes quantidades de tela verde, em vez disso, decidiu criar uma paródia do personagem o Hulk. Ele afirmou que inicialmente pretendia fazer um filme ruim, mas reconsiderou o filme numa paródia. Acabou na verdade fazendo os dois. 



O projeto foi financiado pelo próprio Schoenbrun. A fotografia principal, que custou apenas 6 mil dólares. Como já citado, o filme inteiro foi filmado em um palco de tela verde na Califórnia. O áudio teve um custo de 3 mil, a correção de cor custou 1 mil, e outros 4 mil foram para "efeitos" em CGI, software, compositor, entre outros elementos. A trilha sonora, composta por Mark Daniel Dunnett e apresenta música clássica de compositores como Beethoven, Strauss, Brahms e Tchaikovski, incluindo alguns elementos de comédia pastelão inspirados nos desenhos de Looney Tunes, Betty Boop e da MGM. Schoenbrun é um herói! Deixou sua marca no cinema! Confira uma entrevista (em inglês) para o blog Ninja Dixon, clique aqui.

Sobre os atores, ou "atores", todos são desconhecidos, talvez um deles um pouco menos. Vamos lá, Jordan Lawson, o protagonista, tem uma carreira discreta no mundo do cinema. Antes e depois do filme, ele apareceu em algumas produções independentes e de baixo orçamento. Sua filmografia é limitada e sem grandes destaques, o que sugere que ele provavelmente encarou THE AMAZING BULK como uma oportunidade de ganhar visibilidade no início de sua carreira. No entanto, o filme acabou sendo lembrado mais pelo seu aspecto de "tão ruim que é bom" do que por qualquer atuação marcante. Desde então, ele se manteve longe dos holofotes e não tem muitos créditos relevantes no cinema ou na TV.



Shevaun Kastl, tem uma formação sólida em atuação e um histórico mais diversificado do que outros membros do elenco. Ela participou de peças teatrais, produções independentes e pequenos projetos para TV. Antes de desse aqui, Shevaun já tinha experiência em curtas-metragens e filmes de menor orçamento. Sua carreira reflete uma atriz dedicada, mas que ainda não encontrou grandes papéis de destaque na indústria. Após o filme, ela continuou ativa em projetos independentes, mas parece ter evitado associações com a "fama" de THE AMAZING BULK. Ela apareceu em 1 episódio de "Revenge", de "Mentes Criminosas (Criminal Minds)" e "Heroes".


Randal Malone é talvez o ator mais interessante do elenco em termos de carreira, especialmente para os fãs de cinema trash. Ele é uma figura conhecida em produções de baixo orçamento, muitas vezes interpretando personagens excêntricos ou absurdos. Malone é um veterano desse nicho, com uma filmografia que inclui diversos filmes independentes, geralmente de terror ou comédias exageradas. Sua presença em THE AMAZING BULK foi apenas mais um capítulo em sua trajetória de papéis peculiares. Malone é adorado por fãs do gênero trash justamente por abraçar completamente esse estilo de atuação. Infelizmente faleceu em 2024. Clique aqui e veja os diversos filmes que já participou.

Para finalizar, THE AMAZING BULK... sei lá o que escrever... até a próxima resenha! Legendado por FILMELIXO, se eu assisti, vocês também vão!

Trailer


The Amazing Bulk
Estados Unidos
2012 - 76 minutos

Direção:
Lewis Schoenbrun

Elenco:
Jordan Lawson (Henry "Hank" Howard/Bulk)
Shevaun Kastl (Hannah Darwin)
Terence Lording (General Darwin)
Randal Malone (Dr. Werner von Kantlove)
Juliette Angeli (Lolita Kantlove)
Jed Rowen (Detetive Ray Garton)
Deirdre V. Lyons (Detetive Lisa Tuttle)

Download (versão legendada)

Do básico ao avançado Adobe Premiere

VEJA TAMBÉM:

19 janeiro 2025

The Sadness

Aqui tem GORE... muito GORE!!!


Já ouviram falar de da HQ Crossed? Não? Tudo bem. Escrita por Garth Ennis (criador de "The Boys" e "Preacher") e ilustrada por Jacen Burrows, é uma das histórias em quadrinhos mais controversas e perturbadoras já publicadas. Lançada pela primeira vez em 2008, a série se destaca por sua representação extrema da violência e da depravação humana em um mundo pós-apocalíptico.

A trama se desenrola em um cenário devastado por uma epidemia que transforma as pessoas em seres sádicos conhecidos como "Crossed". Esses indivíduos, marcados por uma cruz na face, não apenas perdem a sanidade, mas também se entregam a impulsos violentos e sexuais extremos. A narrativa segue um grupo de sobreviventes que luta para escapar desse novo mundo brutal, onde a moralidade foi completamente distorcida e os instintos primitivos dominam.


Essa HQ é notória por seu conteúdo gráfico e cenas de violência explícita. A série não hesita em explorar temas como canibalismo, tortura e estupro, o que a torna uma leitura extremamente pesada. As atrocidades cometidas pelos Crosseds são retratadas de forma visceral, levando o leitor a confrontar os limites da crueldade humana. Essa abordagem brutal provoca reflexões sobre a natureza do ser humano quando colocado em situações extremas, questionando até onde as pessoas podem ir quando a civilização entra em colapso. Aqui não tem nada de censura ou sugestão, é tudo explicito mesmo, inclusive em situações com crianças.

Além de ser uma obra de terror, "Crossed" também funciona como uma crítica social. Garth Ennis utiliza o horror para abordar questões contemporâneas sobre violência, desumanização e os instintos mais sombrios que podem emergir em tempos de crise. A série sugere que a verdadeira natureza humana pode ser ainda mais aterrorizante do que qualquer monstro fictício, refletindo as ansiedades da sociedade moderna sobre o colapso social e moral.

O estilo artístico de Jacen Burrows complementa perfeitamente o tom sombrio da narrativa. As ilustrações são detalhadas e impactantes, capturando a brutalidade das cenas com uma intensidade que muitas vezes é difícil de suportar. O uso do gore é abundante, criando uma experiência visual que é tanto fascinante quanto repulsiva.


"Crossed" é uma experiência única no mundo dos quadrinhos, desafiando os limites do que pode ser considerado aceitável na arte. É uma leitura recomendada apenas para aqueles que estão preparados para confrontar suas próprias sensibilidades e limites, pois a obra não faz concessões em sua representação da violência e da depravação humana. Para os fãs de horror extremo e crítica social profunda, "Crossed" oferece um mergulho perturbador na escuridão da natureza humana. Definitivamente, não é para qualquer um. Dito isso...

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Pausa para a dica de armazenamento, está precisando de espaço na nuvem?
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THE SADNESS é um filme de terror taiwanês lançado em 2021, dirigido e roteirizado por Rob Jabbaz. Com uma abordagem provocativa e visceral, o longa explora os limites da violência e da insanidade em um cenário distópico, refletindo as ansiedades contemporâneas em relação a pandemias e crises sociais.


A história se passa em Taipé, onde um vírus gripal sofre uma mutação que transforma os infectados em seres violentos e cruéis, revelando os instintos mais sombrios da humanidade. O casal protagonista, Jim (Berant Zhu) e Kat (Regina Lei), tenta sobreviver em meio ao caos crescente. Enquanto Jim enfrenta o horror nas ruas, Kat se vê presa em uma situação aterrorizante em um metrô, onde os passageiros normais rapidamente se tornam monstros sedentos por sangue.


O filme não se limita a ser apenas uma obra de terror; ele também serve como uma crítica social. A narrativa reflete a desconfiança e o medo que surgem durante crises sanitárias, questionando a natureza humana quando confrontada com a violência extrema. Entre cenas de tortura e brutalidade, THE SADNESS provoca o espectador a refletir sobre o que realmente somos capazes de fazer quando a civilização entra em colapso.


Um dos aspectos mais marcantes do filme é seu uso intenso de gore. As cenas são gráficas e muitas vezes insuportáveis, com torturas, canibalismo e assassinatos sendo mostrados sem reservas. Essa abordagem extrema não é apenas para chocar; ela serve para enfatizar a perda de controle da sociedade e a degradação moral que pode ocorrer em situações de desespero.

Embora o filme tenha sido elogiado por sua audácia e pela qualidade de sua produção, algumas críticas apontam que o terceiro ato perde um pouco do impacto inicial, tornando-se previsível. No entanto, muitos concordam que o filme redefine o que significa um banho de sangue no cinema de terror, elevando o gênero a novos patamares de intensidade.


É uma experiência cinematográfica intensa que desafia os limites do horror. Com uma narrativa envolvente e visualmente perturbadora, o filme é tanto um reflexo das ansiedades modernas quanto uma exploração brutal da natureza humana. Para os fãs do gênero que buscam algo além do convencional, este filme promete não apenas sustos, mas também uma profunda reflexão sobre a condição humana em tempos de crise.

Falando um pouco sobre o diretor Rob Jabbaz, THE SADNESS foi sua estreia na direção. Antes de trabalhar em cinema, Jabbaz atuou na indústria de animação, contribuindo com sua experiência visual para o impacto estilístico de suas obras cinematográficas. Jabbaz é visto como uma nova voz ousada no gênero de terror, especialmente por sua capacidade de fundir temas perturbadores com narrativa envolvente. Sua abordagem ao horror demonstra um estilo visual único e uma disposição para explorar os limites do gênero.  


O casal protagonista foi interpretado por Berant Zhu, ator e modelo taiwanês que tem ganhado reconhecimento no cinema e na televisão. Nascido em 1995, ele iniciou sua carreira como modelo, destacando-se por sua aparência marcante e carisma, o que abriu portas para sua transição para a atuação. Zhu se tornou conhecido por seu trabalho em produções taiwanesas que destacam sua habilidade de interpretar personagens intensos e cativantes. Foi muito elogiado sua atuação nesse filme.

E Regina Lei, atriz taiwanesa que ganhou destaque no cinema internacional pelo seu papel em THE SADNESS e também foi amplamente elogiada pela crítica e pelos fãs do gênero. Regina demonstrou grande habilidade em trazer profundidade emocional e autenticidade à sua personagem, mesmo em um contexto de horror extremo e situações intensas. Sua performance foi destacada por transmitir tanto a vulnerabilidade quanto a força de Kat, tornando-a um ponto de identificação para o público em meio ao caos do filme.


Antes desse filme, Regina Lei já havia trabalhado em outros projetos no cinema e na televisão taiwanesa, ela é conhecida por sua dedicação à atuação e por seu compromisso em explorar personagens complexos. Regina também é admirada por sua presença carismática fora das telas, sendo ativa em redes sociais, onde compartilha aspectos de sua carreira e vida pessoal, conectando-se com fãs ao redor do mundo.

Para finalizar, voltando ao "Crossed", Ennis escreveu um roteiro e fez uma parceria com o estúdio independente "Six Studios" para uma adaptação live action, então quem sabe poderemos ter algum dia oficialmente o HQ no cinema.

Filme legendado por FILMELIXO!

Trailer


The Sadness
Taiwan
2021 - 99 minutos

Direção:
Rob Jabbaz

Elenco:
Berant Zhu (Jim)
Regina Lei (Kat)
Tzu-Chiang Wang (Empresário)
Emerson Tsai (Warren Liu)
Wei-Hua Lan (Alan Wong)
Ralf Chiu (Mr. Lin)
Lue-Keng Huang (Kevin)
Ying-Ru Chen (Molly)

Download (versão legendada)

Do básico ao avançado Adobe Premiere

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